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Galvão Bueno lamenta eliminação da seleção e critica Tite e Thiago Silva

Do UOL, em São Paulo

09/12/2022 15h34Atualizada em 10/12/2022 13h57

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Pouco depois da eliminação do Brasil nos pênaltis diante da Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo, o narrador Galvão Bueno lamentou a atuação da seleção brasileira e criticou a postura do técnico Tite, que deixou os jogadores desolados em campo e partiu para os vestiários.

O principal locutor da Globo — que se despediu da seleção brasileira em Copas — também alfinetou a fala de Thiago Silva em entrevista ainda no gramado do Cidade da Educação.

"Tite não poderia ter se retirado"

Galvão desaprovou a atitude do treinador Tite em ter deixado o gramado e partido para os vestiários enquanto os jogadores ficaram chorando em campo, sofrendo com a eliminação.

"Tite não poderia ter se retirado desse jeito. Me desculpe, Tite. Eu sempre elogio as atitudes de Tite, mas essa de ir para o vestiário e deixar os jogadores não está certa, não. São todos um time", falou Galvão ao lado dos comentaristas Júnior, Roque Júnior e Ana Thais Matos.

E o gol na prorrogação?

Nos comentários finais sobre a eliminação do Brasil, Galvão também alfinetou a fala de Thiago Silva durante a entrevista com o repórter Eric Faria ainda no campo do estádio Cidade da Educação.

"É difícil para qualquer jogador falar neste momento, eu sei, mas ele tinha que falar sobre essa questão do gol que tomou no segundo tempo da prorrogação", pontuou Galvão Bueno.

O narrador se despediu da seleção brasileira em Copas do Mundo hoje, porque ele decidiu se aposentar do comando das transmissões do grupo Globo no fim deste ano.

Veja a declaração de Thiago Silva

Acho que no futebol estamos sujeitos a tomar gol independentemente de quem estiver do outro lado. A gente poderia estar um pouco mais concentrado. Não estamos acostumados a tomar esse tipo de contra-ataque. Estamos sempre bem organizados. Desorganizamos na segunda bola e demos o contra-ataque. Era tudo o que eles queriam naquele momento, além da bola aérea. Tanto que eles colocaram duas torres lá dentro. O gol saiu pelo chão ainda. É difícil, mas apesar da tristeza a vida precisa seguir em frente. Estou muito orgulhoso pelos meninos. Faz parte do futebol.

Difícil ter palavras naquele momento, é mais confortar. Já passei algumas vezes por algumas decepções na minha vida, não só na seleção, mas na vida pessoal. Quando se perde uma coisa importante, que se tem muito como objetivo, dói bastante, mas é tentar levantar a cabeça e seguir. Não tem outra alternativa. Todas as vezes que cai eu levantei. Não vai ser dessa vez que não. Infelizmente como jogador não vou conseguir erguer essa taça. Quem sabe mais para frente em outra função.

"Seleção não fez grande Copa"

Em sua conta oficial no Instagram, Galvão Bueno fez uma análise sobre a caminhada da seleção na Copa do Mundo. O narrador da Globo voltou a criticar Tite, desaprovou a ausência de Neymar na disputa de pênaltis e questionou Rodrygo como o primeiro a cobrar. O Brasil foi eliminado hoje, nas quartas de final do Mundial do Qatar, após empatar com a Croácia e perder nas penalidades máximas.

"Como você pode ter uma cobrança de pênalti em que o Neymar nem chega a cobrar? E [Rodrygo], um menino de 21 anos abre a cobrança de pênalti? Tem certas coisas que não consigo entender. Gosto muito do Tite, mas a cena de ele largando o time chorando, um monte de garoto chorando, em campo e indo embora sozinho pro vestiário é muito feio. Sei que ele não gosta de ficar comemorando quando ganha. Mas não se pode largar uma nova geração chorando em campo e ir pro vestiário. A despedida foi triste", pontuou Galvão.

Ainda em sua análise, Galvão opinou sobre a atuação da seleção nesta Copa. Para o narrador, a equipe comandada pelo técnico Tite não fez um bom torneio.

"A seleção brasileira não fez uma grande Copa. Não tinha feito em 2018. Uma parte contra a Sérvia, o primeiro tempo contra a Coreia. Hoje, o primeiro tempo não existiu. O intervalo deve ter funcionado porque voltaram pressionando, com prioridade de gol, sim. Então era um jogo que não era para perder. O jogo contra a França em 2006, nas quartas, contra a Holanda em 2010, contra a Bélgica em 2018, foram jogos que se perder perdeu. Hoje não era jogo para perder", analisou

"A Croácia jogou daquele jeito, deu um chute a gol (foi o gol que fez), o Brasil teve duas chances com Neymar, uma com Paquetá, uma com o Richarlison, teria que ter definido no tempo normal. Foi para a prorrogação, quando pesa mais. Faz um belíssimo gol. Acabou o jogo, fura bola. Não pode dar mais espaço. O Fred não entrou para fechar o meio campo? O que ele estava fazendo na linha de ataque naquele lance? E Casemiro na entrada da área do time adversário, sobrou espaço. Era a bola do jogo", concluiu Galvão.

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