Festa de portugueses no Rio vira fado com derrota: 'Agora é secar o choro'
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Ponto de encontro tradicional da comunidade portuguesa no Rio de Janeiro, o Cantinho das Concertinas recebeu grande público para as quartas de final da Copa do Mundo. Mercado municipal na zona norte da cidade, a Cadeg mais uma vez foi um pedacinho lusitano além-mar. Neste sábado (10), entretanto, o que era festa virou um triste fado com a eliminação de Portugal para Marrocos, ao perder por 1 a 0, no Mundial.
Mais de 500 pessoas se reuniram no "Bar do Carlinhos" entre sardinhas portuguesas, bolinhos de bacalhau, cerveja gelada e muita festa com telão, músicas e roupas típicas. Há mais de 20 anos por ali, o restaurante vive momentos especiais nesta Copa, a primeira após o falecimento de Carlos Ernesto Cadavez, antigo proprietário, em setembro deste ano.
Em todos os sábados, o Cantinho abre para festas portuguesas: "É uma tradição desde que começamos a nos reunir por aqui. Fico feliz que seja um ambiente de encontro da comunidade portuguesa no Rio", disse Fátima Monteiro, funcionária do local trajada de roupas tipicamente lusitanas.
No intervalo do jogo, nem o placar parcial adverso impediu o fado de tocar no bar, animando os presentes. Na hora do gol marroquino, de El Nesyri, a reação também foi tipicamente lusitana. Gritos, palavrões e muita reclamação. "Não podemos perder para Marrocos, não é possível", disse o empresário Luís Manuel, que pouco depois tocava reco-reco no conjunto de música portuguesa.
Entre camisas de Porto, Benfica, Sporting, Flamengo, Fluminense e Vasco, alem de bandeiras de Brasil, Portugal, Rio de Janeiro e do Vale do Salgueiro, em Bragança, no norte do país europeu, a torcida era toda para a seleção comandada por Fernando Santos, mas sem muita festa com a bola rolando. O momento de maior comemoração foi a entrada de Cristiano Ronaldo, aos seis minutos do segundo tempo.
A etapa final foi de pouca inspiração portuguesa, que dependeu de brilharecos de seus craques contra um organizado e aguerrido time marroquino. Na verdade, foi o Marrocos que teve mais chance de ampliar contra um Portugal que só no "abafa" incomodou os africanos.
Depois de enxugar o choro, os portugueses voltaram a agir como em um sábado normal de festa na Cadeg. O triste fado casou bem com a eliminação. "Nós nos reunimos aqui desde a Copa de 1994, foi crescendo o evento junto com o bar e a Cadeg. Agora é secar o choro, parar a tristeza porque a festa de sábado continua, triste claro com o resultado, queríamos que Portugal fosse mais longe, mas faz parte", disse João Marcos Vieira, genro de Carlinhos e sócio do bar.
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