Meninos de Portugal falharam e o sonho de Cristiano Ronaldo acaba no Qatar
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João Félix bem que tentou. Finalizou três vezes, mas pouco levou perigo. Herói improvável contra a Suíça, Gonçalo Ramos, então, quase não tocou na bola.
Do banco de reservas, novamente, Cristiano Ronaldo acompanhou atentamente os seus meninos sofrerem diante de um cascudo Marrocos no primeiro tempo.
Para piorar, viu aflito outro "miúdo" falhar e colocar Portugal em desvantagem nas quartas de final da Copa do Mundo de 2022: Diogo Costa.
A voz da experiência suportou calada apenas 50 minutos de partida. Foi chamado às pressas para (tentar) carregar os mais novos nas costas, logo aos cinco minutos da segunda parte.
Era inaceitável continuar tão perto, mas, ao tempo, tão longe da montanha-russa feita para gente grande. Sem poder entrar na brincadeira. Sentado. Praticamente impotente.
Entrou em campo com um propósito muito bem definido. O bom e velho desafio que costumou tirar de letra ao longo dos últimos 20 anos da invejável carreira: liderar e decidir.
Desta vez, não conseguiu. Não é mais o mesmo de outrora. Pesou, especialmente, um (cada vez menos surpreendente) adversário do outro lado. Endiabrado. Sedento por sucesso.
Orientou. Correu. Pediu jogo. Se entregou ao máximo. Serviu os companheiros. Gastou toda a energia que, aos 37 anos, havia guardado para o Qatar. Em vão.
Teve, já perto dos acréscimos, a derradeira oportunidade de fazer valer o papel de pai da pátria. Em velocidade, como sempre gostou. A finalização, no entanto, parou nas mãos do agora também histórico Yassine Bono.
Não se despediu em silêncio do seu quinto e último Mundial. Isso porque os marroquinos não deixaram. Dentro e, sobretudo, fora de campo. Uma festa inesquecível.
Um ambiente ensurdecedor do começo ao fim da partida no Al Thumama Stadium ditou o ato final do maior português de sempre. Dos maiores jogadores de todos os tempos. Derrotado. Em lágrimas.
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