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OPINIÃO

'Gosto do trabalho do Diniz, mas ainda não é para seleção', diz Casagrande

Colaboração para o UOL

11/12/2022 18h21Atualizada em 11/12/2022 20h33

Classificação e Jogos

O nome de Fernando Diniz como técnico da seleção brasileira passou a ser discutido após Ronaldo defender o treinador do Fluminense como substituto de Tite. Nomes como Neymar e Daniel Alves também seriam entusiastas da ideia.

No Posse de Bola, o colunista Walter Casagrande afirmou que Fernando Diniz ainda não tem títulos como treinador para assumir o cargo. Na opinião dele, Abel Ferreira é o nome do momento.

"Qual é o treinador que trabalha no Brasil e faz o melhor trabalho há três anos? É o Abel Ferreira, que ganhou todos os títulos que tem na América do Sul em menos de três anos, o Diniz não conclui um trabalho, foi demitido de todos os clubes, fez um ótimo trabalho no Fluminense, mas em oito meses. É a avaliação correta para colocar na seleção? Eu não acho."

"Não estou falando que o Diniz não faz bons trabalhos, eu gosto dele, mas não é trabalho ainda para ser treinador da seleção brasileira", opinou Casão.

Milly: Escolher técnico agora é como redecorar casa que está caindo

Fernando Diniz recebeu o apoio de Ronaldo e de lideranças importantes da seleção brasileira para substituir o técnico Tite.

Na opinião de Milly Lacombe, porém, é preciso debater o modelo e a cultura de jogo do futebol brasileiro antes de definir quem assumirá a seleção. "O problema antecede a escolha do treinador."

Casão: Não é só jogo bonito, temos que recuperar competitividade

Na opinião de Casagrande, não basta escolher um técnico que faça o Brasil jogar bonito. Para ele, o principal objetivo do novo técnico deve ser recuperar a competitividade da seleção diante das potências europeias.

"Não é só o jogo bonito que temos que recuperar, temos que recuperar a competitividade, a seleção brasileira não é mais competitiva há muito tempo, então não é só jogar bonito e continuar sem ser competitivo."

Milly: futebol brasileiro é como jazz, não uma sinfonia

Em relação ao substituto de Tite na seleção brasileira, Milly Lacombe afirmou que, antes de definir um nome, é preciso voltar às raízes do futebol brasileiro.

"Precisamos alargar esse debate de modelo, pensar em cultura. O que somos futebolisticamente é o que somos culturalmente. É a diferença entre uma orquestra sinfônica e uma banda de jazz, não tem uma partitura, a gente é jazz, uma coisa mais intuitiva que os europeus, é uma bateria de escola de samba. É isso que perdemos e precisa voltar, deixar que isso volte a transbordar para o campo."

Arnaldo: Diniz é sedutor, mas precisamos de estrangeiro

Na visão de Arnaldo Ribeiro, o nome de Fernando Diniz é sedutor, mas passou da hora de a seleção brasileira ser comandada por um técnico estrangeiro. Ele lembrou que, hoje, sete times do Brasileirão são comandados por portugueses.

"Jamais imaginei falar em Fernando Diniz na seleção brasileira, mas entendo a ideia porque o Diniz é o técnico diferente entre os brasileiros, uma proposta mais sedutora. O Diniz, com trabalhos sem conquista, tem essa marca. Mas a minha convicção desde 2006 é que precisamos quebrar o tabu de não ter técnico estrangeiro, é preciso uma revolução, uma quebra de método e paradigma."

Cabelos pintados é falta de foco? Comentaristas divergem

Um das marcas dos jogadores da seleção brasileira na Copa do Qatar foi a variedade de cortes e cores de cabelo. Nomes como Neymar, Richarlison e Rodrygo chamaram a atenção pelo visual "prateado".

Juca Kfouri, Milly Lacombe, Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi debateram se a preocupação com a aparência seria um sintoma de falta de foco e de profissionalismo durante o Mundial. Confira.

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