Classificação e Jogos
Com o fim da 'era Tite', o debate sobre a sucessão do técnico seleção brasileira já começou. Defendido por Ronaldo, Fernando Diniz ganhou força entre lideranças do elenco brasileiro, como Neymar e Daniel Alves. Mas qual o nome ideal?
No Posse de Bola, o colunista Walter Casagrande disse que não basta escolher um técnico que faça o Brasil jogar bonito. Segundo ele, é preciso recuperar a competitividade da seleção brasileira diante das potências europeias.
"Não é só o jogo bonito que temos que recuperar, temos que recuperar a competitividade, a seleção brasileira não é mais competitiva há muito tempo, então não é só jogar bonito e continuar sem ser competitivo."
"A seleção brasileira tem que parar de ser favorita, tem que entrar para ganhar a Copa do Mundo, ser favoritos somos todas as vezes e ficamos discutindo depois da eliminação o que aconteceu. E o que aconteceu é o mesmo de 2018, 2014, 2010, é o pacote da panela, da falta de um trabalho psicológico profissional e de líderes negativos dentro da seleção brasileira há um bom tempo", analisou Casão.
Milly: Escolher técnico agora é como redecorar casa que está caindo
Fernando Diniz recebeu o apoio de Ronaldo e de lideranças importantes da seleção brasileira para substituir o técnico Tite.
Na opinião de Milly Lacombe, porém, é preciso debater o modelo e a cultura de jogo do futebol brasileiro antes de definir quem assumirá a seleção. "O problema antecede a escolha do treinador."
Casão: Gosto do trabalho do Diniz, mas não é para seleção
Na opinião de Casagrande, Fernando Diniz não é o nome certo para substituir Tite no comando da seleção brasileira. Embora aprove os trabalhos do treinador do Fluminense, o colunista do UOL afirmou que Diniz ainda não tem currículo para o cargo.
"O Diniz não conclui um trabalho, foi demitido de todos os clubes, fez um ótimo trabalho no Fluminense, mas em oito meses. É a avaliação correta para colocar na seleção? Não acho. Não estou falando que o Diniz não faz bons trabalhos, eu gosto dele, mas não é trabalho ainda para ser treinador da seleção brasileira."
Milly: futebol brasileiro é como jazz, não uma sinfonia
Em relação ao substituto de Tite na seleção brasileira, Milly Lacombe afirmou que, antes de definir um nome, é preciso voltar às raízes do futebol brasileiro.
"Precisamos alargar esse debate de modelo, pensar em cultura. O que somos futebolisticamente é o que somos culturalmente. É a diferença entre uma orquestra sinfônica e uma banda de jazz, não tem uma partitura, a gente é jazz, uma coisa mais intuitiva que os europeus, é uma bateria de escola de samba. É isso que perdemos e precisa voltar, deixar que isso volte a transbordar para o campo."
Arnaldo: Diniz é sedutor, mas precisamos de estrangeiro
Na visão de Arnaldo Ribeiro, o nome de Fernando Diniz é sedutor, mas passou da hora de a seleção brasileira ser comandada por um técnico estrangeiro. Ele lembrou que, hoje, sete times do Brasileirão são comandados por portugueses.
"Jamais imaginei falar em Fernando Diniz na seleção brasileira, mas entendo a ideia porque o Diniz é o técnico diferente entre os brasileiros, uma proposta mais sedutora. O Diniz, com trabalhos sem conquista, tem essa marca. Mas a minha convicção desde 2006 é que precisamos quebrar o tabu de não ter técnico estrangeiro, é preciso uma revolução, uma quebra de método e paradigma."
Cabelos pintados é falta de foco? Comentaristas divergem
Um das marcas dos jogadores da seleção brasileira na Copa do Qatar foi a variedade de cortes e cores de cabelo. Nomes como Neymar, Richarlison e Rodrygo chamaram a atenção pelo visual "prateado".
Juca Kfouri, Milly Lacombe, Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi debateram se a preocupação com a aparência seria um sintoma de falta de foco e de profissionalismo durante o Mundial. Confira.
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