Insensível à pressão: jornais exaltam França e minimizam recorde brasileiro
Classificação e Jogos
A nova ida da França à final da Copa do Mundo, consolidada após vitória de 2 a 0 diante de Marrocos na tarde de hoje, foi classificada pelos jornais locais como um "hábito delicioso".
Entre os veículos mais populares do país europeu, o tom usado foi similar: empolgação com a classificação e elogios a um elenco "insensível à pressão".
"Com maestria impressionante, capaz de sofrer sem se curvar e insensível à pressão de um público conquistado pela causa do adversário, o coletivo europeu conseguiu encerrar a épica loucura do Marrocos", iniciou o L'Equipe.
Na mesma reportagem, o jornal ironizou países rivais como Espanha e Portugal, que não conseguiram furar o bloqueio de Marrocos — aos quatro minutos do duelo de hoje, a França já vencia por 1 a 0.
"Enquanto se manteve inflexível frente aos atacantes da Bélgica, Croácia, Espanha e Portugal nesta Copa, o bloco marroquino não resistiu mais de cinco minutos frente aos azuis."
O Le Monde, outro veículo bastante relevante no país, exaltou Mbappé. "Os Bleus de Kylian Mbappé oferecem a si mesmos uma segunda final em quatro anos, a quarta em 24 anos. Contra os argentinos, no domingo, às 16h, eles terão a oportunidade de adicionar uma terceira estrela à camisa. [...]
Já o Le Parisien estampou na capa de seu site o título "França na final: um hábito delicioso". "Na história do esporte francês, [a segunda final consecutiva] é colossal. No futebol, é imenso", prosseguiu.
"Dobradinha dantesca"
O jornal aproveitou o momento de euforia para, inclusive, minimizar o recorde de Brasil e Itália, únicos vencedores da Copa do Mundo duas vezes seguidas — os franceses podem igualar o recorde no domingo diante da Argentina.
"Sessenta depois do Brasil de Pelé, a seleção da França se vê em uma possibilidade de uma dobradinha histórica e dantesca. Naquelas Copas, foram dezesseis times. Agora, temos o dobro em um planeta onde todo o futebol está progredindo. O feito dos azuis seria muito superior ao dos brasileiros", finalizou o Le Parisien.
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