'Não esquecemos, putos': o que explica treta entre argentinos e ingleses

"Eu sou assim, sou argentino, [dos] ingleses putos de Malvinas não me esqueço", foram com essas palavras que Messi e companhia comemoraram a vaga na final da Copa do Mundo. Afinal, o que faz da Inglaterra a maior rivalidade para a Argentina e do que tanto eles "não esquecem": as Malvinas.

Qual é a história?

• Um arquipélago reivindicado e dominado por britânicos desde 1883.
• Argentinos consideram que as ilhas foram ocupadas de maneira ilegal, e portanto, reclamam para si como parte integral e indivisível de seu território.

Quando aconteceu a guerra?

Em 1982, durante o regime militar do ditador argentino Leopoldo Galtieri, o país sul-americano ordenou uma invasão para tentar recuperar o arquipélago, o espírito nacionalista e salvar seu regime.

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Qual o resultado?

Um desastre para argentinos: foram mais de 600 mortos em 45 dias de batalha, contra cerca de 250 britânicos.

As Malvinas seguiram sob domínio do Reino Unido e grande parte da culpa pela derrota se dá pelo fato de muitos jovens terem ido para a guerra sem preparo, lutando contra um dos maiores poderios militares - e navais - do mundo.

Como foi ataque argentino?

A Operação Rosário começou quando a Argentina, isolada diplomaticamente, invadiu e ocupou o território das Ilhas Malvinas, além de entrar na Geórgia do Sul no dia seguinte.

Cinco mil soldados argentinos encontraram 80 fuzileiros britânicos, levando os britânicos a montar, em pouco tempo, uma expedição com aproximadamente 28 mil combatentes e 111 navios de guerra enviados pela então primeira-ministra Margaret Thatcher.

A Grã-Bretanha ainda cortou relações permanentemente com a Argentina.

Apesar de todo poder bélico, pedidos de paz foram feitos para que a guerra cessasse em meio a centenas de mortos. Nenhum dos pedidos foi aceito, e a Argentina foi subjugada dez semanas depois.

Quem ajudou os ingleses?

ONU (Organização das Nações Unidas), Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), União Europeia, Commonwealth e Estados Unidos.

Consequências políticas

Galtieri queria usar as Malvinas como golpe político, mas a derrota fez com que a ditadura desse espaço para a volta da democracia.

Também serviu, do outro lado, como campanha para Thatcher se reeleger primeira-ministra em 1983.

Qual a situação atual das Malvinas?

Hoje em dia, 40 anos após a invasão das ilhas, as Malvinas continuam sob domínio inglês e seus habitantes afirmaram que gostariam de continuar morando no arquipélago, pois têm saúde, educação e tudo o que precisam. O desejo deles foi concedido em plebiscito realizado em 2013, pelo governo das Malvinas.