Dorival pede técnico brasileiro na seleção e põe condição por estrangeiro
Classificação e Jogos
Convidado do "Seleção SporTV" de hoje (16), o técnico Dorival Júnior, que foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil com o Flamengo em 2022, deu a sua opinião sobre quem deve substituir Tite no comando da seleção brasileira depois da Copa do Mundo.
"Não acho que [a seleção] deva ter [técnico estrangeiro]. A não ser que seja o melhor treinador do mundo, que, na minha opinião, é o Guardiola. Se não for esse cara, não é para ter. É para ter um brasileiro. Nós ganhamos cinco Copas do Mundo não só por ter grandes jogadores, sempre tivemos um grande comandante também. Eu acho que a gente tem que parar um pouco com isso [de só pedir estrangeiro]", afirmou Dorival.
"Eu não vejo treinador brasileiro com essa defasagem que todo mundo comenta. Desde 2013 que eu saio para observar trabalhos aí fora. Eu vou ser muito sincero. Eu não vi nada diferente daquilo que se implantava dentro do país. Algumas variações, sim, mas nada que chamasse tanta atenção. Nós temos que entender: eles [europeus] passaram a se preocupar e estudar em futebol há mais de 30 anos", acrescentou.
Argumentando sobre o tema, Dorival apontou que o Brasil passou a se preocupar com estudos sobre futebol bem depois dos europeus. Por isso, segundo ele, os cursos da CBF ainda não são aceitos pela Uefa e isso impede os brasileiros de irem trabalhar no Velho Continente.
"É lógico [que a gente demorou para começar a estudar futebol]. A CBF se preocupou com isso? Nós [técnicos] nos preocupamos com isso? As federações? Tanto é que o nosso curso, até hoje, não é reconhecido fora do país. A Uefa não reconhece os nossos cursos, até hoje. Então recebemos profissionais de todo o mundo, e não podemos ir para Portugal trabalhar. Não adianta. Não temos condições, a Uefa não atende a nossa licença."
Em nota publicada depois das declarações, a CBF disse que "as licenças de treinadores da entidade são amplamente reconhecidas no exterior".
Veja a nota da CBF sobre as declarações de Dorival
A CBF informa que as licenças de treinadores da entidade são amplamente reconhecidas no Exterior. Ressalta-se que, respeitando a organização do futebol mundial, na ausência de acordos entre Federações continentais, estes reconhecimentos dependem de concessões bilaterais individuais entre as federações de cada país.
Na América do Sul, já existe, por intermédio da Conmebol, o reconhecimento comum de Licenças PRO entre os países membros.
Fora do nosso continente, os treinadores brasileiros atuam em diversos países e mercados com base neste reconhecimento mútuo individualmente tratado com cada entidade nacional.
Até o final do ano, a Conmebol e a Uefa deverão anunciar a homologação nos dois continentes das licenças de treinadores concedidas por todos os seus países filiados.
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