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RMP critica postura de pentacampeões no Qatar: 'antipatia eterna'

Do UOL, em São Paulo

16/12/2022 10h26

Classificação e Jogos

Renato Maurício Prado criticou a postura de alguns pentacampeões brasileiros na Copa de 2002 em não comparecerem em um evento de homenagem ao Pelé — que segue internado no Hospital Albert Einstein —, realizado pela Conmebol no Qatar.

Na edição de hoje do UOL News Copa, programa transmitido ao vivo todos os dias, RMP aproveitou a repercussão de uma matéria do UOL Esporte, na qual o colunista Danilo Lavieri foi um dos autores, que explica as mordomias dos atletas do penta na Fifa.

"Acho lamentável a postura dos jogadores brasileiros do penta. É um distanciamento (do povo). Eu queria ver alguém perguntar por que eles não foram no evento do Pelé. Essa turma tem minha antipatia eterna. Realmente, ter faltado em uma homenagem ao Pelé, maior jogador do mundo e brasileiro, que passa por um momento de saúde muito dificil, é uma total alienação dos valores do esporte!", dispara RMP.

"A gente perguntou via assessoria, mas falaram que 'tinham um compromisso'. Eles não deram entrevistas. O Ronaldo deu algumas, mas vetou o UOL", explicou Danilo Lavieri, também durante a live.

Endrick no Real Madrid

Renato Maurício Prado comentou sobre o recente acordo entre Endrick, do Palmeiras, e o Real Madrid. Ele diz que o jovem atacante será mesmo "um fenômeno", mas que ainda tem certas ressalvas com a transferência.

"A gente sabe que o jogador quando vai lá para fora, nem sempre confirma (a expectativa). Aqui mesmo no Brasil, tem caras que são fenômenos nas divisões de base, mas quando sobe aos profissionais o negócio é um pouco diferente. No caso do Endrick, ele já chegou no time profissional. Jogou pouco, mas fez gol pelo Palmeiras e tal. Eu tenho a sensação que o Endrick será mesmo um fenômeno. Agora, como será essa mudança? Como que vai bater na cabeça dele?", iniciou o comentarista, que depois cutuca o técnico Tite.

"Sonho com um ataque do Real Madrid e da seleção brasileira em 2026 formado por Rodrygo, Endrick e Vinícius Júnior. Seria espetacular ter três talentos tão fora da curva como eles no ataque da seleção. Graças a Deus não será o Tite. Se fosse, teríamos Gabriel Jesus junto com eles", ironizou.

Benzema deve estar na final?

Deschamps vive um dilema para a grande decisão do Mundial do Qatar, contra a Argentina: utilizar ou não o atacante Karim Benzema. Renato Maurício Prado deixou sua opinião sobre o assunto, afirmando que o técnico "deveria reintegrar" o atleta.

"Se ele ficar no banco, você ainda pode usar. Se perder, sem nem sequer reintegrá-lo para a delegação — e se perder por falta de gols — aí 'cai na cabeça' do Deschamps. Se eu fosse o Deschamps, reintegrava o jogador e deixava no banco de reservas. Em princípio, não entraria. Agora, em um desespero, uma prorrogação, a bola não entra, precisa fazer o gol de qualquer maneira, se for para os pênaltis, você usa. O Benzema é um emérito batedor de pênaltis", comentou RMP.

"Se perder o Mundial sem o Benzema reintegrado, cai o mundo na cabeça do Deschamps [...] Não pode trazer o Benzema, melhor jogador do mundo, inscrito e com condições de jogo, e não botar ele pelo menos no banco. Eu acho que o Deschamps não vai botar, por todo um histórico ruim de relacionamento. Eu levaria e deixaria no banco de reservas", concluiu.

Supercopa fora do Brasil?

Não foi só o anúncio do Mundial de Clubes que deixou Renato Maurício Prado com um pé atrás. A oferta que a CBF recebeu para realocar o palco da decisão da Supercopa do Brasil (entre Flamengo e Palmeiras) para a Arábia Saudita também fez parte da discussão, e o comentarista não gostou da ideia.

"A verdade é a seguinte: essa Supercopa tinha que ser no Brasil. O torneio se chama 'Supercopa do Brasil'. É o campeão brasileiro contra o campeão da Copa do Brasil. O que vão fazer lá fora? Gente, o business vai até certo ponto. Quando você começa a afastar os clubes de seus torcedores, acho que a coisa começa a degringolar", disse RMP, afirmando ser uma "maluquice completa".

"Vender a Supercopa entre os campeões nacionais do Brasil para o exterior, acho uma maluquice completa. Por mais grana que entre, nem Flamengo, nem Palmeiras, precisam desse dinheiro. Se fosse em Brasília ou no Mineirão, sei lá, pelo menos os torcedores conseguiriam se deslocar para ver. Agora, na Arábia Saudita não", pontuou.

Novo Mundial de Clubes

Hoje (16), a Fifa anunciou o novo formato do Mundial de Clubes, que será integrado por 32 clubes a partir de 2025. Renato Maurício Prado não gostou da mudança e disse que é pouco provável que os sul-americanos consigam superar os europeus.

"Uma coisa é ganhar o Mundial contra um europeu em um jogo único. A gente viu que é difícil, mas pode acontecer, como o Internacional ganhando do Barcelona, o Corinthians ganhando do Chelsea. São zebras possíveis de acontecer em um jogo só. Agora um torneio que tenha Manchester City, Paris Saint-Germain, Liverpool, Real Madrid, Barcelona, fica muito difícil", explica RMP.

"A chance de um brasileiro superar todos os adversários é muito pequena. Vai ser mais um torneio para os europeus ganharem. É pouco provável que os clubes sul-americanos, por mais fortes que sejam, consigam superar essas potências europeias. Detesto torneio inchado. Eu sou da velha guarda. Gostava daquele europeu x sul-americano em um jogo só, em Tóquio, e fim de papo", complementa.

Assista ao UOL News Copa na integra: