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Vitória sobre Brasil em 2021 forjou Argentina e ampliou idolatria por Messi

Lionel Messi, capitão da Argentina, levanta a taça da Copa América no Maracanã - Carl de Souza/AFP
Lionel Messi, capitão da Argentina, levanta a taça da Copa América no Maracanã Imagem: Carl de Souza/AFP
e Bruno Andrade

Colunistas do UOL, em Doha (Qatar)

17/12/2022 17h56

Classificação e Jogos

Normalmente tratada como torneio de importância menor no Brasil, a Copa América é encarada como um marco para a Argentina que disputa a final da Copa do Mundo do Qatar, neste domingo (18), às 12h (de Brasília), no estádio Lusail.

Diante da França, a equipe de Lionel Scaloni entra em campo com várias lições que foram aprendidas na trajetória de 2021, que terminou com a vitória em cima da seleção de Tite, no Maracanã, e virou até a música que dominou arquibancadas, ruas e metrô de Doha neste Mundial.

"Por quantos anos chorei, mas isso terminou. Porque no Maracanã, na final com os brazucas, papai voltou a ganhar", diz a musica "Muchachos", entoada pelos torcedores argentinos a cada partida da Copa no Qatar.

A vitória por 1 a 0, com gol de Dí Maria, colocou fim a um jejum de 28 anos e foi o primeiro título de Messi com a sua seleção. O título tirou um peso das costas do camisa 10, que não gostaria de encerrar sua carreira sem poder dizer que foi campeão por seu país.

Por conta disso, até mesmo uma competição que quase não saiu do papel por causa da pandemia de covid-19 e que foi realizada longe das condições ideais para que compromissos comerciais não fossem perdidos, virou história que é falada até hoje nas entrevistas, como foi o caso de Emiliano Martinez.

Di María celebra com Messi após abrir o placar para a Argentina na final da Copa América contra o Brasil, no Maracanã - Thiago Ribeiro/Thiago Ribeiro/AGIF - Thiago Ribeiro/Thiago Ribeiro/AGIF
Di María celebra com Messi após abrir o placar para a Argentina na final da Copa América contra o Brasil
Imagem: Thiago Ribeiro/Thiago Ribeiro/AGIF

O goleiro lembrou que, assim como para a final da Copa, a Argentina era considerada zebra naquele jogo.

"Quando a gente foi para o Brasil, todo mundo dizia que eles eram favoritos. E podem dizer que hoje é a França. A gente até gosta que não nos coloquem como favoritos. Mas a verdade é que temos a nosso favor o melhor jogador do mundo", iniciou Martinez.

"O Messi está feliz, como todo argentino. Eu tinha visto o melhor Messi desde então na Copa América. Achei que ia ser o melhor. Mas aí chega nesta Copa e ele está indo ainda melhor, dando um passo a mais", completou.

A vitória contra o Brasil ainda tem cenas de um vestiário reveladas por um documentário onde Scaloni quase chora na hora de conversar com Di Maria sobre a sua entrada ou não no jogo. Acabou que o atacante foi o autor do gol da vitória por 1 a 0 no Maracanã.

Em busca de coincidências, os jornalistas argentinos especulam que esse mesmo papo pode acontecer agora horas antes da decisão no Qatar, com a possibilidade de Di Maria ganhar novamente um espaço no time. Na coletiva, Scaloni não quis revelar nem sua equipe, nem o tema da preleção que ele vai ter com o time.

"É uma frase famosa que diz que uma final você ganha e não joga. Eu acho que é parte do que vou falar", resumiu o técnico.

Escalação à parte, o certo é que a arquibancada do Lusail vai entoar o canto que sem dúvida alguma se transformou no mais famoso desta Copa e que também lembra a Copa América.

"As finais que nós perdemos, quantos anos eu chorei. Mas isso acabou, porque no Maracanã, a final contra os brasileiros o papai voltou a ganhar".

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