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Messi tem autismo? O que se sabe sobre a história?

Messi comemora durante a partida entre Argentina e Croácia, pela Copa do Mundo do Qatar - Reprodução/Copa do Mundo da Fifa
Messi comemora durante a partida entre Argentina e Croácia, pela Copa do Mundo do Qatar Imagem: Reprodução/Copa do Mundo da Fifa

Do UOL, em São Paulo

17/12/2022 04h00

Classificação e Jogos

Desde 2013, uma fake news ganhou força nas redes sociais. A de que Messi tinha sido diagnosticado com um espectro do autismo. Até Christophe Dugarry, campeão do mundo com a França em 1998, difundiu essa informação falsa.

O que dizem os especialistas?

O psiquiatra Estevão Vadasz, ex-coordenador do Programa de Transtornos do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da USP (PROTEA), uma das maiores autoridades do Brasil no assunto, explica que a área de excelência do autismo nível 1 costuma ser matemática, física e outros campos de exatas.

Outro fator que vai contra a ideia de que Messi ter autismo é a coordenação motora. Na maior parte dos casos, autistas têm baixa motricidade e não se dão bem em atividades em equipe. O Messi, ao contrário, tem um domínio motor sofisticado, e joga muito bem em equipe. - Vadasz ao UOL Esporte

O que diz a família?

  • Todo mundo do entorno do jogador sempre tratou esse caso como fake news.
  • O médico Diego Schwartzstein, que tratou do craque durante a infância e a adolescência, classificou, em entrevista ao UOL, o assunto como "bobagem".

Leo nunca foi diagnosticado outra forma de autismo. Isso é realmente uma bobagem.

Onde começou a história?

  • O escritor e jornalista brasileiro Roberto Amado publicou que Messi foi diagnosticado com autismo nível 1
  • O texto trazia uma série de características de Messi que comprovariam seu autismo
  • A timidez com a imprensa
  • Seu estilo de finalização
  • Uso de dribles parecidos, que indicariam um gosto por padrões repetidos, uma das características da síndrome.

Autismo nível 1

A história original falava sobre Síndrome de Asperger, mas o termo caiu em desuso em 2013. O motivo foi a ligação de Hans Asperger, médico austríaco que deu o nome à síndrome, com o nazismo.