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André Henning diz que Argentina estuprou Brasil e recua: 'termo ruim'

André Henning, jornalista da TNT Sports - Reprodução/TNT Sports
André Henning, jornalista da TNT Sports Imagem: Reprodução/TNT Sports

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

18/12/2022 17h33

Classificação e Jogos

O jornalista André Henning utilizou um termo ofensivo ao comparar a geração da Argentina com a da seleção brasileira nas redes sociais. Ele escreveu que "a geração da Argentina estuprou o Brasil" e apagou na sequência. Depois, o profissional da 'TNT Sports' recuou.

"O termo foi ruim. Mas não apaga a humilhação. Os argentinos fizeram duas finais de Copa. Acabaram com o Brasil. Nos humilharam. Ganhando ou não", retratou-se Henning.

A declaração inicial foi publicada às 13h36, quando a Argentina estava vencendo a França na decisão do Mundial do Qatar. O segundo post foi feito 20 minutos depois. Após o episódio, ele recebeu diversas críticas de seguidores, principalmente por não ter se desculpado explicitamente.

O termo utilizado pelo jornalista faz referência à uma violência que centenas de mulheres sofrem no Brasil e no mundo e é inapropriado.

Em campo, a seleção francesa conseguiu reagir após estar perdendo por 2 a 0, empatou a partida no final e forçou a prorrogação. No tempo extra, ambas as seleções marcaram mais uma vez e a decisão foi para os pênaltis. No final, a Albiceleste sagrou-se campeã pela terceira vez ao sair vitoriosa na disputa por 4 a 2.

henning - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
O jornalista André Henning utilizou um termo inapropriado no Twitter
Imagem: Reprodução/Twitter

A violência sexual contra a mulher no Brasil

No primeiro semestre de 2020, foram registrados 141 casos de estupro por dia no Brasil. Em todo ano de 2019, o número foi de 181 registros a cada dia, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em 58% de todos os casos, a vítima tinha até 13 anos de idade, o que também caracteriza estupro de vulnerável, um outro tipo de violência sexual.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

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