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Copa tem 15 horas de acréscimos e não evita polêmicas com VAR automático

Messi é marcado por Mbappé na final da Copa do Mundo entre Argentina e França - Divulgação/Fifa
Messi é marcado por Mbappé na final da Copa do Mundo entre Argentina e França Imagem: Divulgação/Fifa
Gabriel Carneiro, Danilo Lavieri, Igor Siqueira, Pedro Lopes e Rodrigo Mattos

Do UOL, em Doha (Qatar)

20/12/2022 04h00

Classificação e Jogos

Desde a primeira rodada da Copa do Mundo, ficou clara uma nova recomendação da Fifa aos árbitros: não poupem nos acréscimos. Foi normal ver as placas dos quartos árbitros subindo com dois dígitos na hora de indicar o tempo que seria acrescido a cada tempo e o resultado não poderia ter sido diferente.

Nos 64 jogos disputados, o total de acréscimos disputados, segundo tabela disponibilizada pela própria entidade, é de 15 horas e 39 minutos. Ou seja, uma média de mais de 15 minutos por partida ou mais de 7 minutos e 30 segundos para cada tempo. Tudo isso sem contar o que foi acrescido às prorrogações disputadas. É mais de 10% a mais para cada etapa que normalmente tem 45 minutos.

Ao longo das rodadas, a Fifa admitiu que orientou seus árbitros a não pouparem na hora de dar acréscimos. A ideia é aumentar o tempo de bola rolando, compensando eventuais paradas de jogo com lesões, substituições e outros tipos de paralisações.

Além dos acréscimos, a entidade máxima do futebol apostava em um VAR com marcação automática em alguns lances como o impedimento. Com uma tecnologia com um sensor na bola e câmeras espalhadas pelos estádios, a aposta era não ter polêmicas, mas elas sobraram.

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Logo na estreia da Copa, Equador teve um tento anulado contra o Qatar e deixou o gramado reclamando. Depois, a campeã Argentina também contestou a tecnologia ao ter três gols anulados na derrota de virada para a Arábia Saudita. Horas após o jogo, os argentinos já criticavam o software que analisava os lances.

O sensor da bola também foi polêmica em um lance decisivo entre Japão e Espanha, quando a bola parecia ter saído por vários ângulos filmados, mas a decisão foi de validar o gol dos asiáticos na fase de grupos.

A arbitragem ainda foi bastante contestada em outros momentos da Copa, inclusive por pênaltis marcados. A própria Argentina teve um lance bem polêmico diante da Arábia Saudita e outro que abriu o placar da incrível final com a França.

Wilton Pereira Sampaio, árbitro brasileiro, virou manchete pelo mundo, especialmente na Inglaterra, por decisões controversas no jogo contra a França, pelas quartas de final. Até então, sua conduta vinha sendo elogiada na competição, mas dali em diante suas chances de ser novamente escalados desapareceram.