Clubes mostram receio com base e torneios podem voltar só em 2021

Os clubes brasileiros não fazem previsão para a volta do futebol de base. Com uma certa dose de medo de colocar crianças e adolescentes em alojamentos com aglomerações durante a pandemia do novo coronavírus, os dirigentes tratam com cautela o retorno dos jovens, principalmente daqueles que ainda não atingiram a maioridade. Sem condições de oferecer testes e demais itens do protocolo contra a covid-19 aos jovens, a ideia geral é que os atletas só retomem os trabalhos quando houver um medicamento eficaz ou uma vacina contra a doença.

Entre os dirigentes de clubes, federações e CBF ouvidos pela De Primeira, o discurso é o mesmo: a chance de retomar com as competições de categorias menores somente em 2021 é real e já discutida. Em um cenário extremamente otimista, apenas torneios sub-20 envolvendo os maiores clubes seriam realizados - nos meses finais do ano. Muitos times, inclusive, já projetam demissões de profissionais da base para as próximas semanas. (Por Pedro Ivo Almeida e Thiago Fernandes)

CBF estabelece ordem de prioridade: masculino, feminino e, só depois, base

A CBF trabalha junto com os clubes e concorda que a situação envolvendo atletas com menos de 18 anos precisa ser tratada de forma mais cautelosa, sobretudo por eventuais problemas jurídicos. Há a possibilidade de cancelamento de todos os torneios regionais e nacionais das divisões de base que contam com a chancela da entidade nacional em 2020. A entidade já comunicou aos clubes que tem uma ordem de prioridade para a volta do futebol em 2020. A ideia da confederação é que, em primeiro lugar, seja disputado o futebol profissional masculino. A escolha se dá pela questão econômica - é o que mais movimenta dinheiro no país dentre as três opções. A categoria feminina aparece na segunda posição da escala da CBF. Por fim, virá o futebol das divisões de base. (Por Thiago Fernandes)

Flu não terá valor fixo e grana da Umbro será de royalties dos produtos

O contrato celebrado entre Fluminense e Umbro, a nova fornecedora de material esportivo do Tricolor, não prevê pagamento de valor fixo e o dinheiro destinado ao clube será oriundo exclusivamente de royalties sobre as vendas de produtos oficiais com a marca do Tricolor. O clube não divulga este percentual, mas ele é maior do que a fatia que era repassada pela Under Armour. Os novos uniformes foram lançados na noite de quarta (6), em live comandada pelo rapper Xamã. O clube festejou os números nas redes sociais e registrou que 3 mil camisas foram pedidas na loja online. (Por Leo Burlá)

Flamengo ainda não homologou acordo de redução salarial com jogadores

O Flamengo chegou a um consenso de redução salarial com os seus jogadores, mas ainda não homologou o acordo coletivo no Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Saferj). Recentemente, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que não haveria mais a necessidade de que estes acordos passem obrigatoriamente pela entidade de classe. Há, no entanto, um consenso no clube de que será mais prudente ter essa chancela sindical. O Saferj aguarda manifestação do Rubro-negro e entende que ainda há um prazo razoável para a efetuação da homologação. Dentre os grandes do Rio, apenas o Fluminense tornou essa medida de readequação salarial efetiva. (Por Leo Burlá)

Conmebol conversa por possível e-Libertadores

A Global Fut Club, empresa que organiza campeonatos on-line de Fifa, conversa com a Conmebol para viabilizar a chancela da e-Libertadores, e-Sul-Americana, que são torneios de clubes, e da Copa América. Esta última acontecerá em julho e a expectativa é de que conte com 16 seleções. A ideia é aproveitar o crescimento que os esportes on-line tiveram durante o isolamento social. Neste período, a Conmebol solicitou uma parceria com a Global Fut Club para utilizar os narradores e repórteres para as transmissões dos jogos da #LibertadoresEmCasa, mas nada oficial, apenas para manter atividades em meio à pandemia. (Por Alexandre Araújo)

Live do Fortaleza fatura R$ 140 mil e 'lota' quase dois Castelões

O Fortaleza promoveu o #CassianoDay, uma super live na TV Leão, pelo YouTube, no último dia 3 deste mês, para celebrar os cinco anos do gol histórico, aos 47 minutos, na final do Campeonato Cearense de 2015, que deu o título ao Leão. O evento alcançou 87.000 espectadores, quase um Castelão e meio. Os números consolidados foram divulgados na tarde de ontem pelo clube. Com uma duração de quase 7h, o evento teve 15.705 ingressos virtuais vendidos, 97% de aprovação e um pico de 6.250 espectadores, atingindo também o 1º lugar no Trending Topics do Twitter. Com venda de ingressos, patrocinadores e oferta relâmpago de camisas, o clube conseguiu gerar receita expressiva no meio da crise, com um faturamento de R$ 140.000,00. (Por Pedro Ivo Almeida)