Fla realizou treino em campo sem autorização e comunicado ao Governo do RJ
Os jogadores do Flamengo realizaram ontem (19) as primeiras atividades físicas e com bola no Ninho do Urubu após o período de isolamento total pelo novo coronavírus. Diferente do determinado pelo Governo do Rio de Janeiro, no entanto, o clube não avisou às autoridades estaduais que reabriria o centro de treinamento com tal finalidade. Na surdina, sem a tradicional divulgação em seus meios de comunicação, o que só fez após a imprensa registrar, o Rubro-negro noticiou o que chamou de "avaliações" - sem revelar os trabalhos em ao menos três campos do Ninho.
A De Primeira apurou que o clube omitiu tais informações do Governo, dizendo apenas que levaria jogadores, comissão técnica e estafe ao CT para a realização de novos testes para detectar possíveis infectados pela covid-19 - que foi feito apenas na segunda-feira (18). Ainda vetados pelo poder público, exercícios físicos com e sem bola ocorreram no Ninho do Urubu. Procurado para explicar o caso, o clube se limitou a falar que realizou "avaliações" - igualmente não comunicadas ao Governo. A assessoria de imprensa da gestão Wilson Witzel não se manifestou. Ainda sem o aval das autoridades e com a prefeitura de Marcelo Crivella igualmente contrária à ideia, o Flamengo mantém sua programação de atividades no centro de treinamento. (Por Leo Burlá e Pedro Ivo Almeida)
Médico do Fla amarga críticas e perda de seguidores após foto com Bolsonaro
Ainda que o apoio na internet às ações de Bolsonaro seja uma marca deste Governo, nem sempre quem tenta "surfar" essa onda se dá bem. Ontem (19), ao divulgar as fotos do encontro entre o chefe do Executivo e os mandatários de Flamengo e Vasco, o médico rubro-negro Márcio Tannure, que também aparecia nas imagens, experimentou a fúria nas redes sociais. Um dia após registrar seu trabalho repleto de EPI (equipamento de proteção individual) no contato com jogadores, ele surgiu sem máscaras em fotos no Palácio do Planalto. Até o final da terça-feira, ele já tinha perdido mais de três mil seguidores no Instagram - de acordo com a plataforma de monitoramento digital "Socialblade". Sua postagem registrou quase seis mil comentários, sendo a maioria de teor negativo - normalmente cerca de 100 pessoas comentam as fotos de Tannure. Sempre preocupado com sua imagem nas redes sociais, o doutor flamenguista não teve um dia dos mais felizes na rede. Desde cedo, ele já registrava a viagem Rio-Brasília-Rio. "Olha o que os caras estão fazendo com nosso país", reclamava o médico que, ao contrário do que a ciência recomenda, defende o fim da quarentena e prioriza atividades comerciais e o retorno do futebol. (Por Pedro Ivo Almeida)
Em queda, SporTV muda protocolo e testa mudanças no canal principal
Com a audiência bem mais baixa que o normal por causa da suspensão das competições esportivas por causa da pandemia da covid-19, o SporTV decidiu testar outros esportes na programação do canal principal, desde 2013 dedicado apenas ao futebol. Nesta semana, reprises do vôlei vão ocupar as tardes do canal esportivo. Já lutas recentes do UFC terão reprises de manhã e de madrugada. A ideia é testar a aceitação com o público e ver se os números melhoram. Em abril, o canal esportivo da Globo fechou com 0.31 ponto de Ibope na média nacional e ficou em 25º lugar no ranking geral da TV paga, bem abaixo do que costuma marcar, na casa dos 0.75, brigando pela liderança geral na TV por assinatura. (Por Gabriel Vaquer)
Venda de CIDs ajudou Arena Corinthians a fechar no azul no ano passado
A venda de R$ 163,7 milhões em CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) à construtora Odebrecht ajudou a Arena Corinthians a fechar no azul nos 12 meses do ano passado. Segundo o balanço da Arena Fundo, foi registrado um superávit de R$ 54,2 milhões no período. Em 2018, sem essa receita expressiva dos CIDs, as contas fecharam em déficit de R$ 54,5 milhões. A Arena Fundo ainda teve R$ 59,2 milhões com a arrecadação em eventos na temporada passada, contra R$ 53,1 milhões no ano anterior. Procurado, o Corinthians disse que não comenta o balanço do Fundo. (Por Diego Salgado)
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