1. Uberlândia UBE
    Guarani-MG GMG
  2. Villa Nova-MG VMG
    Boa Esporte Clube BOA

Domingo 28/02/2016 - 17:00

Mineirão, Belo Horizonte

5ª rodada

1
Cruzeiro Cruzeiro
  • De Arrascaeta
Pós-jogo
1
América-MG América-MG
  • Bryan

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Do UOL, em São Paulo

Muricy Ramalho colocou em campo diante do Corinthians a sexta escalação do São Paulo em seis jogos em 2015. Por um misto de opção tática, preservação de jogadores e oportunidade aos jovens, o treinador são-paulino não repetiu o time na temporada. Nesta quarta, uma equipe surpreendente, com algumas mudanças inéditas para o clássico, não deu certo: o time foi dominado e derrotado sem contestação em Itaquera.

Na estreia, defesa com Toloi e Edson Silva, Thiago Mendes no meio e Kardec e Luis Fabiano no ataque. Depois, Lucão ganhou lugar na defesa, Pato no ataque; Ganso voltou ao meio. No clássico com o Santos, chance para o garoto Ewandro. Contra o Bragantino, última partida, esquema com três zagueiros, estreia de Doria e Centurión, com o garoto Boschilia entre os titulares.

Diante do Corinthians, foram três mudanças inéditas: pela primeira vez no ano, Michel Bastos atuou na lateral esquerda; Doria, que só havia atuado com três zagueiros diante do Bragantino, jogou em uma formação com dois defensores. O meio com Denilson, Souza, Maicon e Ganso também apareceu pela primeira vez em 2015.

As surpresas vieram depois de uma semana repleta de mistérios: enquanto Tite revelou a escalação corintiana na terça, Muricy fechou os treinamentos, e deixou claro desde a semana passada que não revelaria a escalação. A estratégia não deu certo.

Um dos principais destaques do time na temporada, Michel Bastos não repetiu as boas atuações na lateral. Após o jogo, repetiu um discurso adotado já no começo do ano, de que rende mais no meio de campo. "Eu sei jogar, lógico, mas acho que hoje eu posso dar um pouco a mais em outra posição. Hoje o Muricy optou por isso para dar possibilidade a outro jogador, tentei dar meu máximo. A gente sempre quer jogar na nossa função", disse.

Dória também não foi bem, e vacilou em alguns lances. Na saída de campo, se irritou com perguntas sobre seu preparo físico. "Com certeza, estou preparado sim", disse, antes de deixar a zona mista.

O meio até trocou mais passes do que o Corinthians, mas, com dois centroavantes de pouca velocidade, Maicon e Ganso não encontraram espaço para enfiar as bolas. Cássio praticamente não trabalhou no Itaquerão.

Depois da partida, o próprio Muricy Ramalho reconheceu que as mudanças não surtiram efeito. "Quis liberar os dois laterais, os dois atacantes e o Ganso, mas não surtiu efeito. Não teve penetração, não teve jogada de fundo do campo. Para classificarmos na Libertadores, é muito pouco. Só com isso não tem condições".

O São Paulo volta a campo no sábado, diante do Audax, no Morumbi. Possivelmente, terá a sétima escalação da temporada. A missão, agora, é encontrar o time ideal antes de voltar a atuar pela Libertadores, diante do Danubio, na quarta-feira.
 

Fases do jogo

  • Primeiro tempoJogo bom desde o seu início e com ótimas chances lá e cá. Ligeiramente melhor, o Cruzeiro ameaçou duas vezes com Alisson, uma de cabeça e outra em finalização à direita da trave. O América respondeu com Pablo, em chute muito venenoso de fora da área. Tudo isso ainda antes dos 15 minutos. Pouco depois, o ímpeto diminuiu nos dois lados, mas a partida seguiu interessante, fluindo com bastante intensidade e com as duas equipes sempre em busca do gol. Já nos acréscimos, a zaga americana cochilou na saída de bola e Willian deixou Arrascaeta livre para colocar o clube celeste em vantagem.
  • Segundo tempoEm vantagem no marcador, o Cruzeiro voltou do intervalo dando mais campo para o América atacar, mas não deixou também de ameaçar a meta adversária. Compacto defensivamente, o time celeste dificultou muito as tentativas do rival, que aparentava mais cansado e não encontrava espaços suficientes para criar jogadas. No entanto, o time anfitrião também não conseguiu superar a forte marcação do América e passou a cadenciar a partida nos minutos finais, principalmente após a entrada de Ariel Cabral em campo. Porém, já no apagar das luzes, Bryan encontrou um chutaço de fora da área, empatou o clássico no Mineirão e jogou um balde de água fria nos donos da casa, além de fazer explodir a torcida do Coelho no estádio. 1 a 1 placar final.

Destaques

  • Paz fora do estádioApesar de ser um dos clássicos mais tradicionais de Minas, o clima de paz entre os torcedores foi um destaque positivo antes do jogo. Americanos circulavam próximos aos cruzeirenses sem problemas nos arredores do Mineirão antes de se dirigirem para o interior do estádio.
  • Gramado deu conta do recadoA chuva de granizo foi tão forte que derrubou até placas de publicidade e cavaletes dentro do estádio. Com a bola rolando, porém, o sistema de drenagem funcionou perfeitamente e jogadores não encontraram problemas com o gramado, que não apresentou poças.

Melhor em campo

  • Bryan, do América-MGO cruzeirense De Arrascaeta, autor do gol celeste, tinha tudo para terminar a partida como melhor em campo. Mas o golaço de Bryan, já nos acréscimos e que evitou a derrota americana, acabou ofuscando o feito do meia uruguaio.

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