1. São Bento SBE
    XV de Piracicaba-SP XVP
  2. Mogi Mirim MOG
    Grêmio Novorizontino GNO
  3. Red Bull Brasil RED
    Ponte Preta PON

Domingo 27/03/2016 - 18:30

Vila Belmiro, Santos

12ª rodada

1
Santos Santos
  • Joel
Pós-jogo
1
São Paulo São Paulo
  • Alan Karden

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Do UOL, em São Paulo

Muricy Ramalho colocou em campo diante do Corinthians a sexta escalação do São Paulo em seis jogos em 2015. Por um misto de opção tática, preservação de jogadores e oportunidade aos jovens, o treinador são-paulino não repetiu o time na temporada. Nesta quarta, uma equipe surpreendente, com algumas mudanças inéditas para o clássico, não deu certo: o time foi dominado e derrotado sem contestação em Itaquera.

Na estreia, defesa com Toloi e Edson Silva, Thiago Mendes no meio e Kardec e Luis Fabiano no ataque. Depois, Lucão ganhou lugar na defesa, Pato no ataque; Ganso voltou ao meio. No clássico com o Santos, chance para o garoto Ewandro. Contra o Bragantino, última partida, esquema com três zagueiros, estreia de Doria e Centurión, com o garoto Boschilia entre os titulares.

Diante do Corinthians, foram três mudanças inéditas: pela primeira vez no ano, Michel Bastos atuou na lateral esquerda; Doria, que só havia atuado com três zagueiros diante do Bragantino, jogou em uma formação com dois defensores. O meio com Denilson, Souza, Maicon e Ganso também apareceu pela primeira vez em 2015.

As surpresas vieram depois de uma semana repleta de mistérios: enquanto Tite revelou a escalação corintiana na terça, Muricy fechou os treinamentos, e deixou claro desde a semana passada que não revelaria a escalação. A estratégia não deu certo.

Um dos principais destaques do time na temporada, Michel Bastos não repetiu as boas atuações na lateral. Após o jogo, repetiu um discurso adotado já no começo do ano, de que rende mais no meio de campo. "Eu sei jogar, lógico, mas acho que hoje eu posso dar um pouco a mais em outra posição. Hoje o Muricy optou por isso para dar possibilidade a outro jogador, tentei dar meu máximo. A gente sempre quer jogar na nossa função", disse.

Dória também não foi bem, e vacilou em alguns lances. Na saída de campo, se irritou com perguntas sobre seu preparo físico. "Com certeza, estou preparado sim", disse, antes de deixar a zona mista.

O meio até trocou mais passes do que o Corinthians, mas, com dois centroavantes de pouca velocidade, Maicon e Ganso não encontraram espaço para enfiar as bolas. Cássio praticamente não trabalhou no Itaquerão.

Depois da partida, o próprio Muricy Ramalho reconheceu que as mudanças não surtiram efeito. "Quis liberar os dois laterais, os dois atacantes e o Ganso, mas não surtiu efeito. Não teve penetração, não teve jogada de fundo do campo. Para classificarmos na Libertadores, é muito pouco. Só com isso não tem condições".

O São Paulo volta a campo no sábado, diante do Audax, no Morumbi. Possivelmente, terá a sétima escalação da temporada. A missão, agora, é encontrar o time ideal antes de voltar a atuar pela Libertadores, diante do Danubio, na quarta-feira.
 

Fases do jogo

  • Primeiro tempoMesmo jogando na casa do adversário, o São Paulo começou o jogo melhor, buscando tocar a bola quando a tinha nos pés e marcando forte desde o campo de ataque, dificultando a saída de jogo do time da casa. Aos poucos, porém, o Santos foi encontrando os espaços para articular jogadas, principalmente pelos lados do campo. Paulinho se movimentou bastante e mudou algumas vezes o posicionamento para tentar ajudar o Santos, que conseguiu criar algumas boas chances de gol. A melhor delas foi aos 30 minutos, quando uma troca rápida de passes culminou em uma chegada pela esquerda de Caju, que cruzou rasteiro para a área. Joel se esticou para tentar completar, mas não conseguiu. Três minutos depois, Joel balançou as redes, aproveitando rebote de um chute de Rafael Longuine que explodiu no travessão. Mas o lance foi invalidado porque o atacante estava em posição de impedimento.
  • Segundo tempoO São Paulo voltou do intervalo com Lucas Fernandes no lugar de Centurión, em uma tentativa de aumentar a produtividade do sistema ofensivo, que pouco envolveu o rival durante os primeiros 45 minutos. Até deu algum resultado, já que o time conseguiu se articular mais perto da área adversária e criou, aos dez minutos, sua melhor chance até então com Daniel, que cortou para o meio diante da marcação de Victor Ferraz e bateu de fora da área. A bola passou muito perto do gol. Mas foi justamente no momento em que o São Paulo começava a viver seu melhor momento que o Santos abriu o placar: aos 14 minutos, Joel recebeu de Léo Cittadini pela esquerda, invadiu a área e bateu no ângulo. O Santos cresceu muito em seguida e ficou bem perto de ampliar, encaixando novas oportunidades de marcar. Mas Denis apareceu bem em todas elas e evitou que isso acontecesse. Principalmente em um belo voleio de Paulinho dentro da área. O São Paulo se segurou, voltou a se lançar ao ataque aos poucos e acabou encontrando o empate com Alan Kardec, que completou uma cobrança de escanteio.

Destaques

  • "Vila do medo"No Paulista, a invencibilidade do Santos dentro de casa é assustadora para os rivais. A série sem derrotas já alcança 39 jogos, com 32 vitórias e agora sete empates. A última partida que perdeu em seu estádio no campeonato foi em 3 de abril de 2011, quando caiu diante do Palmeiras por 1 a 0.
  • Insucessos em clássicosA última vez que o São Paulo venceu um rival estadual foi no dia 3 de junho do ano passado, quando ganhou do próprio Santos por 3 a 2, no Morumbi, pelo primeiro turno do Brasileiro. Foram dez partidas desde então, nas quais teve três empates e sete derrotas.

Melhores

  • Victor Ferraz, SantosÉ verdade que o gol de Joel saiu pela esquerda, mas o lateral foi quem mais participou das criação de jogadas do Santos.

Piores

  • Centurión, São PauloGanhou a chance de ser titular no clássico e não correspondeu. Pouco eficiente, foi superado pela defesa santista em quase todas as vezes em que tentou criar jogadas. Acabou sendo substituído ainda no primeiro tempo.

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