A seleção brasileira já teve artilheiros famosos - e outros, nem tanto - na disputa do Campeonato Sul-Americano sub-20. Romário e Adriano são exemplos de atacantes que explodiram para o futebol mundial. Assis hoje é mais conhecido como irmão de Ronaldinho Gaúcho. Lela brilhou no Coritiba e marcou época por suas comemorações, mas voltou ao noticiário como pai de Alecsandro e Richarlyson. Já Walter pintou como promessa e ainda não explodiu. Veja, abaixo, os artilheiros do Brasil na história da competição.
Ele ainda estava longe de se tornar um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, mas Romário já mostrava que dominava a arte de fazer gols. Aos 19 anos, o atacante pôde comemorar o título do Sul-Americano sub-20 de 1985 e, de quebra, ainda deixou o Paraguai como o artilheiro da competição, com cinco gols. No mesmo ano, o jogador se profissionalizou pelo Vasco da Gama, defendeu equipes como Flamengo, Fluminense, PSV Eindhoven e Barcelona e, após balançar as redes mais de mil vezes (pelas suas contas), se aposentou do futebol, tentou a carreira de cartola e, no ano passado, se tornou deputado federal (PSB-RJ).
Aos 19 anos, Adriano já impressionava pelo seu porte físico e potencia no chute. Após se destacar no Flamengo, o jogador foi levado ao Equador para a disputa do Sul-Americano de 2001. Na competição, que foi vencida pela seleção brasileira, marcou seis gols e se tornou o artilheiro do torneio ao lado de Ewerthon, seu companheiro de ataque. Logo depois, o jogador se transferiu para o futebol italiano e, após passar pelo São Paulo e voltar para a Inter de Milão, conduziu o Flamengo ao título brasileiro de 2009. Fora de campo, se envolveu em polêmicas em torno de um suposto alcoolismo, ajuda a traficantes e até um abandono temporário do futebol. Atualmente tenta se firmar no ataque da Roma.
Antes de se monopolizar o noticiário esportivo por conta do retorno de Ronaldinho Gaúcho ao Brasil, Assis era o grande destaque da família. Em 1988, com 17 anos, o habilidoso meia do Grêmio já encantava pela sua técnica com a bola nos pés. No Sul-Americano sub-20 realizado na Argentina, o atleta se destacou e acabou como artilheiro, ao lado do paraguaio Ferreira, com cinco gols. Mesmo com o início promissor, não manteve as boas atuações e seu ponto alto na carreira aconteceu no Sion, da Suíça. Com a ascensão de Ronaldinho, deixou o futebol para ser seu empresário. No início da última década, caiu em desgraça com os gremistas por conta da tumultuada saída do seu irmão, fato que se repetiu recentemente, com o contrato de Gaúcho e Flamengo.
Com 18 anos, Roberto Felisbino, ou apenas Lela, defendeu a seleção brasileira sub-20 no Sul-Americano de 1981, disputado no Equador. O Brasil terminou em segundo, mas o então ponta-direta foi o artilheiro com cinco gols, mesmo número de Enzo Francescoli, um dos maiores nomes da história do futebol uruguaio. Com passagens por Noroeste, Inter de Limeira e Fluminense, teve o ápice da sua carreira quando foi campeão brasileiro pelo Coritiba, em 1985, quando ficou ainda mais conhecido como Careta, em referência a forma como comemorava seus gols. Após se aposentar, continuou ligado ao futebol por seus filhos, Alecsandro, do Internacional e Richarlyson, agora no Atlético-MG.
Na edição que contou com o maior número de artilheiros, o Brasil também teve seu representante. Em 2009, a seleção brasileira foi campeã do Sul-Americano sub-20 e, de quebra, Walter marcou cinco gols, ao lado dos paraguaios Hernan Perez e Robin Ramirez, além do uruguaio Abel Hernandez. No mesmo ano, no entanto, o jogador sofreu uma grave contusão, foi operado e retornou aos gramados apenas na temporada seguinte. Já sem o mesmo prestígio, ficou no time B do Internacional e, após muitas brigas nos bastidores com os dirigentes do clube colorado, conseguiu se transferir para o Porto, em Portugal, equipe que defende atualmente.
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