Luiz Gonzaga Belluzzo encerra, nesta quarta-feira, dois anos de uma gestão muito aguardada, mas cercada de críticas e turbulências. Passional, o economista não conseguiu dar ao clube a estabilidade financeira que se poderia esperar e viu o time fracassar em campo.
A horas do adeus, o UOL Esporte separou cinco momentos marcantes da gestão do "professor Belluzzo". Confira a lista:
Luiz Gonzaga Belluzzo chegou à presidência saudado por seus pares, torcida e imprensa. A fama como economista lhe renderia muitos créditos, e ele começou a gastá-los ainda no primeiro semestre de mandato.
Luxemburgo se irritou com Keirrison durante a sua negociação com o Barcelona e disse que ele não jogaria mais pelo Palmeiras enquanto ele comandasse o clube.
Belluzzo indicou quebra de hierarquia e demitiu o primeiro técnico de sua gestão. Até hoje, os dois trocam farpas constantes. O técnico chama o cartola de "retrógrado".
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Sob o comando de Muricy, o Palmeiras, líder, tinha tudo para conquistar o Campeonato Brasileiro de 2009. Belluzzo se esforçou para manter astros como D. Souza.
Quando o desempenho começou a cair, xingou Simon de crápula, ofendeu são-paulinos em festa de organizada e demitiu de modo intempestivo Obina e Maurício após a briga em campo (foto) na antepenúltima rodada.
Também não soube conter a bronca da torcida com jogadores como V. Love, que chegou a ser agredido e terminou negociado com o Flamengo no início de 2010.
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O primeiro semestre de 2010 foi outra sucessão de problemas. O fraco desempenho derrubou Muricy Ramalho, que saiu cobrando ousadia da direção.
A crise técnica da equipe espirrou em Diego Souza, antes astro, que brigou com a torcida e saiu. Quando Zago chegou, o time entrou em uma maldição de pênaltis e caiu na Copa do Brasil, diante do modesto Atlético-GO.
O ex-zagueiro deu adeus após uma suposta troca de sopapos com o atacante Robert. Belluzzo demitiu o treinador e ampliou a crise no Palestra Itália.
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Para afastar a crise, Belluzzo foi ousado e resolveu investir pesado em velhos ídolos. O primeiro deles foi Kleber. Namoro antigo do Palmeiras, o atacante desvencilhou-se do Cruzeiro e retornou ao Palestra Itália.
Depois dele veio Felipão, com a ajuda de empresas dispostas a usar a imagem do técnico. O último foi o chileno Valdivia. Todos chegaram a peso de ouro.
Os três não passaram de lampejos e esbarraram no elenco limitado, mas ainda esperam por um momento melhor em suas segundas passagens no clube.
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Se montou de perto o time atual, Belluzzo não pôde acompanhá-lo como queria. O presidente teve problemas cardíacos, passou por um cateterismo e licenciou-se.
Palaia assumiu, dissolveu a diretoria de futebol e aumentou a instabilidade política. Do hospital, Belluzzo viu a arena ser liberada pela Prefeitura (foto) e o time ser eliminado pelo Goiás na Sul-Americana.
Quando voltou, ainda teve de administrar reclamações de astros como Kleber e Valdivia contra o diretor Wlademir Pescarmona, que disparou contra o elenco.
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