Belluzzo rebate Luxa: "quis evitar que ele virasse um imperador no clube"

O presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, rebateu nesta quinta-feira as críticas ácidas lançadas por Vanderlei Luxemburgo. Na apresentação do ex-técnico do time alviverde no Atlético-MG, ele mostrou decepção com o relacionamento entre ambos e chegou a chamar o dirigente de “arcaico e retrógrado”.

Belluzzo alegou que a demissão de Luxemburgo, próxima à venda do atacante Keirrison, deu-se por “motivos institucionais”. “A demissão se deu porque eu quis evitar que o treinador virasse um imperador no clube e colocasse palpite onde não é chamado”, afirmou Belluzzo, ao SporTV.

“Não o demiti por deficiência técnica. Não diz nada contra a sua reputação, apesar de que ele não estava tendo muita sorte no Palmeiras. Não gostei de algumas atitudes dele nessa época, como a proximidade com a torcida e comportamento inadequado sobre a venda do Keirrison”, adicionou o presidente, que salientou que o técnico veio ao Palmeiras em sua primeira passagem por indicação sua.

Belluzzo ironizou as declarações de Luxemburgo em Belo Horizonte. “Ficou para mim aquela coisa de professor de economia dando aula numa faculdade: a empresa dele nunca quebra, agora vai montar uma padaria e não cuida bem dela para ver se não quebra”, disse Luxa. “Ele precisa superar este ressentimento, que não faz bem”, rebateu Belluzzo.

O presidente do Palmeiras garantiu que não tem intenção de trocar de comando no time. “O Muricy (Ramalho) é o técnico do Palmeiras”, afirmou. “Não concordo com este impulso de mudar o treinador após um período curto. Quero conversar, saber se ele está se sentindo confortável, se tem alguma reivindicação a fazer. Mas isso é normal, ele tem de dar sua avaliação e vou dar meu ponto de vista sobre o que aconteceu, para mantermos o nosso rumo.”

Belluzzo lamentou a queda de rendimento do clube alviverde, mas analisou que a equipe vem em alta nos últimos anos e que a luta deve ser para manter este rumo e não “destruir" o que foi feito nos últimos anos.

Sem arrependimento
Belluzzo mostrou não ter arrependimentos pelas duras críticas feitas ao árbitro Carlos Eugênio Simon, após a partida contra o Fluminense pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, Obina teve um polêmico gol anulado.

“Eu estava correto quanto à minha posição. Tenho direito de expressar minha indignação”, disse o dirigente. “A gente erra, por ter fragilidades humanas, mas não quer dizer que a partir da minha atitude se possa julgar meu trabalho no Palmeiras.”