UOL Esporte Futebol
 
15/12/2009 - 09h01

Coritiba vai comparar invasão do campo a "erupção vulcânica"

Dimitri do Valle
Da Folhapress
Em Curitiba

Ao se defender nesta terça-feira no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Coritiba irá comparar a invasão do campo e a briga com policiais, ocorridas há nove dias no Couto Pereira, a um fenômeno impossível de evitar, como "erupção vulcânica".

No confronto, 18 pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave. Dezessete suspeitos de participar do tumulto foram presos, incluindo um funcionário do time, que foi rebaixado à Série B do Nacional após um empate com o Fluminense.

Segundo o diretor jurídico do Coritiba, Gustavo Nadalin, o tumulto "foi semelhante a uma intempérie da natureza, como uma erupção vulcânica, uma tempestade, um furacão, que são fenômenos humanamente difíceis de conter".

Ele disse que há "fortes elementos para fundamentar a inocência" e pedir a absolvição de qualquer punição. O time corre risco de ficar sem mando de campo por 30 jogos. "O clube foi uma das vítimas de um bando de baderneiros travestidos de torcedores", afirmou o diretor.

Na defesa, o Coritiba pretende usar testemunhos de representantes dos órgãos de segurança pública do Paraná e as próprias imagens da invasão. Serão mostrados dados sobre reforço policial e contratação de mais seguranças particulares para atuar com o público. A defesa irá mostrar que precauções foram adotadas, como o alerta à polícia feito após ameaças contra diretores e de invasão do gramado. O clube diz que as ameaças partiram da torcida Império Alviverde na semana que antecedeu o jogo. A direção da organizada contesta.

Uma imagem a ser usada, considerada "emblemática" por Nadalin, mostra o trio de arbitragem cercado por um cordão de isolamento de policiais com escudos e cassetetes. "E, mesmo assim, torcedores continuaram partindo para cima do juiz e dos bandeiras".

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