Sport reclama da arbitragem no Parque Antarctica no empate por 2 a 2
No último dia 12 de novembro, o Sport entrou com um pedido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para anular o segundo gol do Palmeiras, por conta de um erro do árbitro Elmo Resende Cunha que validou a jogada após ter paralisado o lance, um dos mais polêmicos do último Campeonato Brasileiro. Porém, nesta terça-feira, a entidade negou o pedido do clube pernambucano alegando falta de provas.
“É de se lastimar essa decisão, pois foi um fato que causou repercussão nacional e internacional, ficou claro o erro cometido pelo árbitro e o Sport em momento nenhum tentou buscar chifre na cabeça de cavalo. O que o procurador disse no seu parecer e foi acatado pelo relator é que nós não comprovamos que o Sr. Elmo cometeu o erro que alegamos na petição”, explicou ao UOL Esporte o vice-presidente jurídico do clube, Eduardo Carvalho.
A polêmica aconteceu aos 39min do segundo tempo, o zagueiro Danilo foi lançado na área e o árbitro apitou brevemente por duas vezes, o que fez todos os jogadores parar no lance, menos o atleta palmeirense que marcou o gol, validado por Elmo, para desespero elenco do Sport.
No dia seguinte, a Comissão de Arbitragem da CBF decidiu afastar o juiz até o fim do Campeonato Brasileiro. O motivo alegado pela entidade foi "falha técnica", o que, segundo Eduardo Carvalho, seria uma prova importantíssima no processo.
“O árbitro foi punido por que razão? Se ele acertou, então não deveria ter sido suspenso, não é verdade? É um negócio extravagante, é uma decisão temerária. Dizer que o direito não socorre a gente, que nosso pedido não tem amparo na lei, seria levar para um caminho razoável, agora dizer que o Sport não fez provar de um fato público e notório é incompreensível”, esbravejou o advogado, que ainda citou outras falhas na decisão do STJD.
“Por incrível que pareça consta nos autos que o Sport não juntou a confissão do árbitro. Se o STJD gostaria de uma confissão do árbitro, porque não intimou o Elmo para falar sobre o ocorrido, ou perguntassem à comissão de arbitragem o motivo dele ter sido suspenso? Quem já viu algum tribunal no mundo ficar sujeito a confissão de alguém para tomar uma decisão? Isso não existe”, completou.
De acordo com Eduardo Carvalho, o Sport vai recorrer da decisão e entrar com um pedido, nesta quarta-feira, para o caso ser julgado no pleno do STJD, o que só deve acontecer em 2010, devido ao recesso do tribunal para as festas de fim de ano.
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