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Melhor do Mundo, Messi tenta quebrar estigma de vencedores pré-Copa

Messi venceu o Melhor do Mundo e busca um bom desempenho com a Argentina na Copa do Mundo - Reuters
Messi venceu o Melhor do Mundo e busca um bom desempenho com a Argentina na Copa do Mundo Imagem: Reuters

Do UOL Esporte

Em São Paulo

22/12/2009 07h02

Roberto Baggio, Ronaldo, Luis Figo e Ronaldinho Gaúcho. Em comum, todos foram grandes jogadores, venceram o prêmio de Melhor do Mundo antes de uma Copa do Mundo e... fracassaram no Mundial seguinte à premiação. Coroado pela Fifa na última segunda-feira como o principal nome do futebol neste ano, o argentino Lionel Messi tem como desafio quebrar esse estigma com a sua seleção na África do Sul.

A tarefa do jogador do Barcelona, no entanto, não será fácil. Mesmo antes de ser eleito o melhor do mundo, Messi já vinha sofrendo pressão da torcida argentina. Os seus compatriotas não conseguem entender as fracas atuações pela equipe do técnico Maradona e cobram mais empenho do jovem atleta.

No último domingo, paredes do bairro de La Plata, em Buenos Aires, apareceram pichadas. Com frases como “Messi, faça isso no Mundial” e “Messi não é argentino”, os torcedores cobram a mesma boa fase apresentada pelo atleta no Barcelona também na seleção do país.

“Tentarei repetir as atuações do Barcelona na Argentina, mas as partidas com a seleção são mais difíceis. A Argentina teve dificuldades nas eliminatórias, mas se nos esforçarmos na Copa pode ser diferente. Espero que o Mundial seja bom para mim e para a seleção”, afirmou o camisa 10 do Barcelona.

Se o momento de Messi na seleção já não é dos melhores, a história mostra que o argentino pode ter dificuldades. Em 1993, Roberto Baggio foi o primeiro atleta a ganhar o prêmio de Melhor do Mundo antes de um Mundial. E, na Copa do Mundo de 1994, o italiano desperdiçou o pênalti que garantiu a conquista do tetracampeonato pela seleção brasileira.

A história se repetiu, desta vez de maneira mais trágica. Em 1997, Ronaldo ganhou pela segunda vez o prêmio individual máximo do futebol e, um ano depois, decepcionou na final da Copa do Mundo da França após um problema de saúde que, até hoje, alimenta especulações.

Luis Figo, por sua vez, venceu a premiação individual em 2001 e, em 2002, viu a seleção de Portugal ser eliminada logo na primeira fase, em um grupo com Coreia do Sul, Estados Unidos e Polônia. Além disso, o jogador português deixou o Mundial sem marcar um gol sequer.

Em 2006, Ronaldinho Gaúcho tinha tudo para quebrar essa escrita. Colecionando patrocinadores e assediado por torcedores, o jogador chegou à Alemanha com o papel de ser um dos líderes da seleção brasileira. Os problemas de indisciplina fora de campo e a falta de preparo físico de alguns atletas, no entanto, fizeram o time comandado por Parreira ser apático e perder nas quartas de final para a França, adiando o sonho do hexa.