23/12/2009 - 07h02

Santos investiga sumiço de materiais esportivos, mas preserva gestão anterior

Bruno Thadeu

Em São Paulo

A nova diretoria do Santos considera prematuro fazer qualquer acusação a administração anterior, mas afirma ter notado a falta de inúmeros materiais esportivos do clube, entre os quais uniformes oficiais e bolas. O clube fará contagem detalhada dos materiais no almoxarifado e abrirá investigação, ouvindo funcionários do clube e pessoas ligadas à gestão Marcelo Teixeira.

Teriam desaparecidos do almoxarifado do clube 193 uniformes oficiais do clube, 130 agasalhos e 30 bolas. Um uniforme oficial do Santos é vendido atualmente a R$ 155. Portanto, somente o sumiço dos uniformes representaria prejuízo de quase R$ 30 mil.

“Vamos fazer o mapeamento de tudo que ocorre no Santos. Estamos há muito pouco tempo no Santos. É impossível ter conhecimento de tudo que entrou ou saiu no clube. Não temos como precisar quantos uniformes sumiram. Mas que houve o sumiço, isso houve. Só que esta questão precisa se muito bem analisada, porque não pode haver qualquer precipitação e cometer injustiças. Não é isso que queremos”, disse o assessor de comunicação da diretoria, Arnaldo Hase.

O Santos nega ter comunicado que Marcelo Teixeira teria deixado dívida de R$ 200 milhões. Segundo avaliação preliminar da diretoria alvinegra, o rombo financeiro é menor. O clube confirma atrasos na folha salarial do elenco santista e de funcionários.

Para sanar a dívida com os atletas e funcionários, o ex-presidente teria tentado adiantar cotas de TV, mas sem êxito.

“Dizer que a dívida deixada foi de R$ 200 milhões creio que é um certo exagero. O Luís Álvaro fará um controle rígido das finanças, mas tudo será visto com a devida atenção. São várias as maneiras para esse controle. Por exemplo, não será permitida ligação de diretores ou associados em direitos de atletas, abriremos concorrência para diversas situações, sempre com clareza”, acrescenta o assessor.