UOL Esporte Futebol
 
05/01/2010 - 23h54

Negociações da MLS emperram, e jogadores podem fazer greve nos EUA

Das agências internacionais
Em Nova York (EUA)

A Liga Norte-Americana de Futebol (MLS) atravessa um momento conturbado. Única entidade com os poderes de negociar contrato com atletas, a instituição ainda não conseguiu chegar a um acordo sobre a renovação do contrato trabalhista no país. Os atletas pedem a alteração da estrutura local, mas podem acabar em greve ou, então, desempregados.

Diferentemente de outros países, em que os clubes têm autonomia de contratar jogadores, a MLS é quem leva os atletas para os EUA e os repassa às equipes. O contrato da Liga expira em 31 de janeiro, e astros do futebol local criticaram a postura da entidade.

“Estamos querendo os mesmos direitos básicos que os jogadores encontram em outras ligas pelo mundo”, disse o goleiro Kasey Keller, que defendeu clubes de Inglaterra, Alemanha e Espanha na carreira. “Fizemos grandes coisas para alavancar o futebol norte-americano, mas não podemos competir com um sistema radicalmente diferente”, acrescentou.

O Sindicato Internacional de Jogadores Profissionais (FIFPro) alegou recentemente que a estrutura da MLS quebra o regulamento da Fifa. Caso um contrato não seja assinado até 31 de janeiro, ou alterado conforme as exigências dos atletas, o futebol no país pode causar greve ou demissão coletiva.

“Esse risco que corremos em fevereiro faria um dano considerável ao desenvolvimento do futebol nos Estados Unidos”, disse o atacante Landon Donovan, emprestado pelo Los Angeles Galaxy ao Everton, da Inglaterra. “Isso também prejudicaria a nossa preparação para a Copa do Mundo de 2010”, emendou.

Presidente da MLS, Mark Abbott preferiu não alimentar os boatos. “Qualquer discussão sobre demissão, greve ou qualquer paralisação é prematura e contra-produtiva no nosso objetivo, que é chegar a um acordo”, resumiu o dirigente.

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