UOL Esporte Futebol
 
05/01/2010 - 15h16

Para ministro do Esporte, R$ 1,8 bi cortados do Orçamento não farão falta à Copa-2014

Keila Santana
Em Brasília

O ministro dos Esportes, Orlando Silva, disse que o corte de R$ 1,8 bilhão no Orçamento da União das emendas de relator para obras da Copa do Mundo de 2014 não vão prejudicar em nada a organização do Mundial. Segundo Silva, o Programa de Aceleração do Crescimento já reservou recursos para os investimentos na infraestrutura para a Copa.

"Isso não vai impactar em nada a preparação do mundial de 2014. O que o governo pretende investir para a Copa em mobilidade urbana, por exemplo, deve ser anunciado agorra em janeiro pelo presidenteda República que vai fazer uma solenidade com prefeitos e governadores onde assinará um pacto de cooperação federativo definindo os investimentos em mobilidade urbana para cada cidade", disse.

O ministro negou ainda as declarações do relator do Orçamento, deputado Geraldo Magela (PT-DF), para quem os cortes podem gerar atrasos em obras estratégicas como aeroportos.

"Os aeroportos já estão na previsão orçamentária do PAC. Perto de R$ 500 milhões que serão investidos em portos também já tem um programa na secretaria especial de portos; as arenas, os estádios para a Copa nós temos financiamento do BNDES. Então eu confesso que não entendi porque haverá impacto na preparação do Mundial. Esses recursos que foram eliminados do orçamento não tem nada a ver com o programa pactuado entre o governo federal, as cidades e os estados que receberão os jogos da Copa do Mundo", afirmou Orlando Silva.

"O impacto é nulo para aquilo que nós pretendemos realizar para a Copa. Se aqui ou acolá alguma bancada estadual tinha algum interesse específico de um ou outro investimento isso é um outro assunto, mas não está no programa de investimentos previstos e planejados pelo governo para 2014", afirmou o ministro.

Orlando Silva afirmou ainda que para a Copa de 2014 será enviado ao Congresso Nacional um segundo projeto de lei além do texto que vai tratar de isenções fiscais para as empresas fornecedoras da FIFA. Segundo o ministro, o governo quer ver aprovada ainda este ano uma Lei Geral da Copa do Mundo, que trata de outros temas que não são tributários, que impactam na organização do mundial.

"Esse segundo projeto fala, por exemplo, sobre vistos de trabalho temporários de profissionais que virão para cá. A Fifa apresentou uma série de demandas que ganharão forma num projeto de lei da Copa. Esse segundo projeto será levado ao Congresso ao longo do ano porque a Fifa enviou uma primeira versão que nós criticamos, encaminhamos à Suiça e no dia 25 uma missão de advogados da Fifa virá ao Brasil e espero que tragam a opinião deles com relação a esse projeto de lei geral para a Copa", explicou Silva.

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