UOL Esporte Futebol
 
08/01/2010 - 21h48

Adebayor diz que Togo pode deixar Copa Africana de Nações neste sábado

Das agências internacionais
Em Londres (ING)

FIFA DECLARA COMOÇÃO
E CLUBES SE PREOCUPAM

Fomos metralhados como cães. Passamos 20 minutos debaixo dos assentos do ônibus. A polícia respondeu. Parecia guerra. Não queremos mais jogar a CAN

Thomas Dossevi, do Nantes, da França

A Fifa e seu presidente, Joseph Blatter, estão profundamente comovidos pelos incidentes com a seleção nacional do Togo, a quem expressam a maior simpatia

Fifa, em comunicado oficial

Estamos em contato com a Federação Inglesa para discutirmos o que acontecerá. Estamos claramente preocupados com essa situação

Manchester City, de Adebayor e Toure

Adebayor confirmou que Togo pode abandonar a Copa Africana de Nações neste sábado. O capitão da seleção disse ainda que, após o ônibus que transportava sua equipe ser metralhado, os jogadores querem voltar para casa. No entanto, a decisão final será tomada em conjunto.

“Eu acho que muitos jogadores querem ir embora. Eles não vão querer jogar mais este torneio porque viram a morte de perto”, disse Adebayor a BBC. O atacante apareceu em lágrimas logo após a ofensiva.

O ônibus que transportava a delegação de Togo foi metralhado quando deixava o país rumo a Angola. O motorista morreu e nove pessoas ficaram feridas. O grupo separatista Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (Flec) reinvindicou a autoria do ataque.

“A maioria dos jogadores querem voltar para suas famílias. Ninguém vai conseguir dormir depois do que vivemos hoje. Eles viram um de seus companheiros com uma bala no corpo. Ele estava chorando, perdendo a consciência e tudo”, falou o atacante do Manchester City. Akakpo, de 22 anos, foi ferido com dois tiros, perdeu muito sangue, mas agora está fora de perigo.

Mesmo diante do cenário, a Confederação Africana de Futebol confirmou a realização da competição no domingo, data inicialmente prevista. O torneio, que conta com 16 seleções, pode não ter a participação de Togo.

“Ainda estamos em choque. Se não houver certeza de segurança, vamos sair. Eu não acho que eles estão prontos para darem suas vidas. Vamos discutir tudo como um time e decidir o que é melhor para nossas carreiras, nossas vidas e nossas famílias”, completou.

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