Os jovens torcedores Patrick (à direita) e Lucas carregam cooler de água dos jogadores do Inter
O ônibus do Inter nem chegou a Associação Geremia para treinar e a dupla Patrick e Lucas já atravessa o campo com alguns copos e coolers de água. Qual garoto com 9 anos não aceitaria carregar uma coisa que outra, mas poder ficar bem perto dos ídolos do clube do coração? A resposta eles mesmos dão de bate pronto. "Todo mundo!", falavam eufóricos dentro do campo.
Lucas já é conhecido dos funcionários do local que o Inter está treinando e diz que está sempre por perto. "Eles aqui já me conhecem. Daí falaram pra ajudar e eu não pensei muito, né? Vai que outro aceita e tenho que ficar lá", comenta apontando para o outro lado da grade, onde se concentram os demais torcedores.
Patrick é mais tímido. Com um boné nitidamente maior do que o ideal só mexe a cabeça e não desgruda da toalha de banho com o símbolo do Inter e a caneta. Ferramentas para conseguir os autógrafos tão desejados. "Ainda não consegui de ninguém, mas vou pegar de todos", garante sorridente.
Lucas e Patrick não tem permissão para ficar dentro do gramado enquanto o treino acontece, mas tem acesso a locais onde os outros presentes nem imaginam. Em menos de uma semana já estão íntimos com os funcionários do clube da capital gaúcha. "Esse isopor não era pra trazer!", grita brincando com os meninos Juarez Quintanilha, massagista do Inter.
"Eu não posso ficar falando muito aqui, tenho que buscar um outro negócio lá e daí aproveito e vejo eles chegarem", fala Lucas que rápido voltou ao caminhão que chega antes dos jogadores. Nem mesmo os quilos a mais que o próprio peso do corpo impedem a dupla de seguir "trabalhando" para ficar perto de quem admiram.
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