09/01/2010 - 07h10

São Paulo mira Cicinho e A. Silva para dar a pacotão cancha de Libertadores

Carlos Padeiro

Em São Paulo

Em 2009, o São Paulo iniciou a temporada com um pacotão de seis reforços, sendo que três deles traziam o vice-campeonato da Libertadores no currículo - casos de Junior Cesar, Arouca e Washington. Neste ano, a situação é diferente, principalmente na primeira fase.

REFORÇOS TREINAM DE OLHO EM VAGA

A diretoria contratou a mesma quantidade de jogadores, seis, porém apenas um tem uma longa participação no torneio continental. Trata-se de Andre Luis, vice-campeão pelo Santos em 2003 e eliminado nas quartas-de-final em 2004. O problema é que o zagueiro só poderá atuar a partir do mata-mata, pois terá de cumprir uma suspensão de seis partidas no estágio de grupos.

A falta de experiência internacional de algumas das caras novas do elenco é mais um motivo para os cartolas procurarem o zagueiro Alex Silva e o lateral-direito Cicinho. O primeiro figurou nos torneios durante a era Muricy Ramalho, enquanto o segundo foi campeão em 2005.

A situação de ambos segue indefinida. O São Paulo aguarda que eles consigam uma liberação junto aos seus clubes, mas provavelmente terá de investir dinheiro para obter o empréstimo.

Em relação aos que já vieram, Léo Lima sentiu um breve gosto da Libertadores quando iniciava a carreira pelo Vasco. Porém, ele mesmo afirma que era difícil cavar uma vaga em um time repleto de jogadores rodados. “Eu era muito novo, e o Vasco só tinha caras como Juninho, Romário, Ramon...”

A competição internacional normalmente reserva duelos de muita pegada, na linguagem do futebol. Léo Lima pretende colaborar de outra forma. “Não adianta só força. É preciso qualidade para meter a bola para o companheiro fazer o gol. A força ajuda, mas o que vai fazer diferença é habilidade e qualidade”, observou o meio-campista.

Até mesmo Marcelinho Paraíba, com 12 equipes no currículo, nunca entrou em campo pelo torneio mais cobiçado das Américas. “Não joguei nenhuma Libertadores, vai ser a primeira vez. Foram muitos anos fora, e vou fazer o melhor para ganhar o título. É uma conquista que não tenho no currículo, e é muita a vontade de tê-la”, destacou o veterano de 34 anos.

Os mais jovens, casos de Xandão, Carlinhos Paraíba e Fernandinho, não escondem a ansiedade de defender o tricampeão continental e mundial.

“Creio que essa é a chance da minha vida. Gosto bastante de jogar usando a força, e o meu maior sonho é disputar a Libertadores por uma equipe como o São Paulo”, apontou Fernandinho.

Entretanto, o atacante de 24 anos terá de esperar. Ele será operado por conta de uma fratura no pé e só poderá ser escalado a partir de março.