UOL Esporte Futebol
 
11/01/2010 - 20h18

"Esquecido" por muitos, Arílton quer mostrar por que veio para o Inter

Jeremias Wernek
Em Bento Gonçalves (RS)

Arílton chegou tímido ao Beira-Rio em fevereiro de 2009. Entrou em um vestiário repleto de grandes nomes, mas com uma posição ainda carente: a lateral direita. Quase um ano se passou, o jogador enfrentou trabalho de reforço muscular, ganhou massa e força e quer provar por que foi trazido do Coritiba para o Internacional e ainda carrega uma incógnita ao lado de seu nome.

Na primeira pesagem no Inter a balança mostrou: 71 quilos. Nitidamente abaixo dos demais companheiros de grupo, Arílton passou todo o primeiro semestre esperando uma chance que não vinha. No meio do ano o começo do reforço muscular que deixou o lateral preocupado. "Fiquei com medo de perder a minha qualidade, porque sempre foi meu forte a técnica, nunca minha força, mas só foi um beneficio pra mim", apontou o atleta que agora pesa 77 quilos e meio.

Uma diferença visível e que também aparece com a bola rolando. "Estou me sentindo muito bem, muito melhor, com mais força, mais pegada", revelou. A ideia do trabalho específico com a fisiologia e a preparação física surgiu do vice presidente Fernando Carvalho, o responsável pela vinda de Arílton. Durante boa parte de 2009, Bolívar atuou improvisado no lado do campo e todos se perguntavam por onde andava Arílton.

Se perguntarem isso agora, bastará olhar para a direita ou esquerda do campo. Jorge Fossati tem utilizado o garoto nas duas alas. Uso oriundo de uma carência, pois Kleber é o único lateral-esquerdo de origem no grupo que está em pré-temporada. "A minha posição sempre foi a direita, mas sem problema, onde o professor Fossati precisar eu jogo", definiu Arílton. As chances são mínimas, mas pode acontecer de o lateral ganhar oportunidade do setor esquerdo, ainda mais se Kleber for para a Copa do Mundo.

Afirmar-se é uma busca de todos no futebol. Para Arílton não seria diferente, ele mesmo se cobra isso. "Esse ano eu vou mostrar por que eu vim. Ano passado eu fiz o trabalho especial agora não vou parar pra fazer trabalho nenhum", garantiu o jogador. Outra mudança, além do físico, é no comportamento. Mais maduro e experiente, algo raro em jovens jogadores de futebol. Vantagem para Arílton, que estava esquecido, mas quer seu lugar ao sol, de preferência do lado direito do gramado.

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