Osmar Loss, direita, comanda treino do Juventude
Foi uma queda vertiginosa. Em dois anos, o Juventude, considerado o terceiro maior time do futebol gaúcho, saiu da Série A para a Série C do Brasileirão. Como se não bastasse, as dívidas do clube giram em torno de R$ 15 milhões. Tudo isso faz com que o presidente Milton Scola, eleito em dezembro, aposte na redução de gastos e no apoio do torcedor para buscar o acesso ainda em 2010.
“Temos um passado de dívidas a resolver e um início de temporada sem receitas”, resume Scola. O investimento no futebol foi reduzido em 70% - o Juventude espera gastar apenas R$ 250 mil por mês com a equipe. “Não podemos mais ter o mesmo investimento em futebol que tínhamos antes”, explica o presidente.
O objetivo da nova direção é reforçar a equipe que disputará o Gauchão e a Copa do Brasil no primeiro semestre. Do time do ano passado, restaram dez jogadores. Além disso, está em fase final de elaboração um plano para ampliar o atual número de seis mil sócios do clube. A torcida, aliás, tem sido importante no projeto de recuperação. “O torcedor entendeu a necessidade de ajudar. Na crise, ele se sente mais responsável pelo clube”, afirma Scola.
Algo que pode ajudar as finanças do Juventude é a negociação do meia-atacante Zezinho, de 17 anos. Até agora, segundo Scola, ainda não apareceu nenhuma proposta inicial, mas levará o jogador o clube que até o final do mês oferecer três milhões de euros, valor estipulado pela direção. “Depois de tudo o que aconteceu, não tenho como exigir que o jogador permaneça aqui”, lamenta Scola.
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