Astro da seleção togolesa, cujo ônibus foi metralhado na última sexta-feira na divisa entre Congo e Angola, o atacante Emmanuel Adebayor ainda não está preparado psicologicamente para retornar ao futebol e defender o Manchester City. Atualmente, o jogador está em sua residência em Togo, recuperando-se do choque da última semana.
“Se eu tivesse que retornar amanhã ao Manchester City, não seria capaz de dar o meu máximo em campo”, explicou Adebayor nesta quarta-feira, cinco dias depois do ataque em Cabinda. A ofensiva teve autoria reivindicada por um grupo separatista da região angolana e resultou na morte de três pessoas – uma da vítimas fatais foi o chefe de imprensa da delegação de Togo, que faleceu nos braços do atacante.
“Ainda não me sinto preparado para disputar uma partida”, acrescentou o atacante do City. “Entrar em campo seria a pior coisa a fazer, pois ainda não estou 100% e, antes de tudo, tenho que voltar a treinar e me recuperar do que aconteceu. O futebol não está na minha cabeça. Estamos falando de vida, que é muito mais importante que o esporte”, emendou.
O Manchester City autorizou o afastamento temporário de Adebayor para que o atleta se recuperasse do trauma com sua família. Mas o atacante não está conseguindo aproveitar. “Não tenho nem conseguido comer. Estou perdendo peso e passo todos os dias com muito medo. Vai levar algum tempo para que eu me recupere”, continuou.
Mesmo sem seu centroavante, o Manchester City conseguiu uma vitória na última segunda-feira ao superar o Blackburn por 4 a 1. O resultado elevou a equipe, que conta com os brasileiros Robinho e Sylvinho, ao quarto lugar do Campeonato Inglês. Togo, que deixou Angola no último domingo, não disputará a Copa Africana de Nações.
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