13/01/2010 - 07h12

Preparador diz que trabalho físico não está ausente na preparação do Inter

Jeremias Wernek

Em Bento Gonçalves (RS)

Uma das novidades do Inter na Serra, neste início de 2010, é a comissão técnica e sua metodologia de trabalho. Reduzindo o número de treinamentos exclusivamente físicos e partindo mais para trabalhos com bola. O preparador físico, Alejandro Valenzuela, garante não haver descrésimo neste tipo de pré-temporada. "Todo conteúdo físico está incluído no trabalho tático", define.

Mesmo assim é impossível não achar diferente. Os próprios atletas sentem a troca do padrão, onde os primeiros dias do ano eram marcados por corridas intensas, trabalhos exaustantes em academias e testes físicos. "Para nós, pré-temporada, é tudo aquilo que vamos ter na temporada. Em Porto Alegre vamos continuar com esse trabalho. [...] É difícil, as vezes, que os jogadores entendam que há trabalho físico", revela o preparado físico uruguaio que chegou juntamente com Jorge Fossati.

A justificativa é boa, treinar para aquilo que vão exercitar durante todo o ano, o jogo. Englobando todos os aspectos com atividades táticas e técnicas. "Há mais troca de ritmos no trabalho com bola do que no trabalhar só com o físico. Treinamos eles (jogadores) para jogar e não para correr", aponta Valenzuela. O argentino D'Alessandro foi um dos que aprovou o método. "Acordar de manhã e saber que vai correr cinco, seis quilômetros cansa mentalmente", coloca o meia.

Quanto ao cansaço intenso sentido por alguns jogadores pontuais, é uma resposta natural ao nível de exposição. "Cansa porque é um método de carga concentrada. Mas o Inter tem uma boa história de preparação física, nos possibilita esse trabalho", argumenta o uruguaio. Atletas a cima dos 30 anos, segundo Valenzuela, não sentem mais. "Trabalhamos para que cada um se exercite o necessário, e os mais experientes sabem bem o que é necessário a eles", garante Alejandro Valenzuela.

Nesta uma semana de treinamentos só dois dias tiveram trabalho único. Os demais todos em dois turnos. No fim do treino, os jogadores são divididos entre os que correm 10 voltas no gramado e aqueles que recebem atenção especial de massagistas e dos preparadores físicos.