Tardelli, Aloísio, Leandro, Fabão, Lenílson e Ramalho querem receber premiação integral
O São Paulo acionou seu departamento jurídico para reaver os direitos sobre jogadores da base e espera definir problemas antigos envolvendo ex-jogadores do clube, que moveram ações há anos contra o time do Morumbi reivindicando recebimento integral de direito de arena.
O zagueiro Fabão, os meio-campistas Ramalho e Lenílson, além dos atacantes Leandro, Aloísio e Diego Tardelli contestam na Justiça do Trabalho.
Gerente jurídico do São Paulo, Edgar Galvão ressalta que há um acerto entre clubes e jogadores sobre a porcentagem a ser cedida para direito de Arena. No entanto, advogados contratados por atletas encontram maneiras de pleitear indenizações.
“Advogados se aproveitam de pequenas brechas na lei e acionam os clubes. Esse caso dos seis ex-jogadores do clube é antigo, ainda segue na Justiça e não há previsão de um desfecho. Não é um caso isolado. Todos os clubes brasileiros enfrentam questões semelhantes na Justiça”, disse Galvão.
Normalmente, os clubes repassam aos jogadores cerca de 5% do direito de arena (cotas de transmissão de TV). A Lei Pelé fixa em 20%. Os ex-jogadores do São Paulo querem receber os outros 15% dos direitos.
Paralelamente ao imbróglio com os profissionais, o São Paulo vê acumular a quantidade de novatos insatisfeitos. Depois de Oscar e Diogo, que entraram na Justiça para anular vínculo com o clube do Morumbi, o jovem Lucas Piazon, 15, também entrou em litígio.
A investida dos jovens na Justiça é obra de advogados oportunistas e de garotos imaturos, declara o zagueiro André Dias.
“Com certeza eles são convencidos por pessoas que buscam o bem próprio. Um garoto tem que pensar no quanto. São jovens que nunca sofreram na vida e acham que todos os outros clubes oferecem estrutura como o São Paulo. Aqui temos tudo do bom e do melhor. É duro ouvir que tem gente saindo do São Paulo. Amanhã ou depois podem estar na segunda divisão. Aí vão se arrepender”, disse Dias.
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