04/02/2010 - 09h00

Ataque do Atlético-MG tem disputa acirrada por posição

Gustavo Andrade

Em Belo Horizonte

Marques diz que identificação com o torcedor não o coloca em vantagem na disputa por vaga de titular

Nos dois jogos do Atlético-MG pelo Estadual, o técnico Vanderlei Luxemburgo escalou a dupla de ataque com Diego Tardelli e Muriqui. No entanto, a briga por um lugar na linha de frente da equipe alvinegra promete disputa acirrada. Além de Obina, que deverá ser relacionado pela primeira vez para partida contra o Ipatinga no domingo, o veterano Marques briga por uma vaga.

Até mesmo quem parece ter lugar certo no ataque atleticano se preocupa em se manter na equipe profissional. Titular absoluto desde 2009, Diego Tardelli ressalta que não pode se acomodar. “Não é Tardelli e mais dez. Eu tenho que me preocupar com a minha vaga também. Não posso achar que está bom e me acomodar. Os concorrentes são muito bons, Obina, Muriqui, Marques. Se não estiver bem, com certeza, a vaga não vai ser confirmada”, afirmou.

O camisa 9 admite que é a referência do ataque atleticano. “Eu ganhei o respeito aqui por fazer os gols, por ser a referência dentro de campo do Atlético. As pessoas citam o meu nome como referência pelo que fiz ano passado, por ter sido o artilheiro do Brasil”, disse.

Apesar de ser ídolo da torcida, Marques não crê que seu prestígio com os torcedores atleticanos o coloque em vantagem na disputa por um lugar no ataque da equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo. “Estou perto de completar 400 jogos pelo Atlético e quanto à identificação não precisar dizer mais coisas. Mas dentro de campo, nos treinamentos, a igualdade é a mesma. Moral com a torcida é legal, mas isso não vai influir na decisão de quem vai jogar”, analisou.

Marques entrou no segundo tempo no empate em 1 a 1 com o América e na vitória por 3 a 2 sobre o Tupi, pelo Campeonato Mineiro. Perto de completar 37 anos, o atacante ressalta que qualquer atleta profissional deve almejar fazer parte da equipe titular do clube que defende.

“Não faz sentido um profissional trabalhar todo dia sem pensar em uma vaga como titular. O pensamento de todos é esse, independente de ser mais jovem ou mais experiente. A finalidade do futebol é essa e a minha vontade também é de ocupar espaço. Claro que depende da cabeça do treinador, mas o objetivo do profissional é jogar”, salientou.