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04/02/2010 - 13h32

Togo processa líder terrorista por atentado contra a seleção na Copa da África

Das agências internacionais
Paris (França)
  • O desespero dos jogadores de Togo depois do ataque terrorista

    O desespero dos jogadores de Togo depois do ataque terrorista

Togo apresentou uma denúncia em Paris, na França, contra o líder da Frente da Liberação de Cabinda (FLEC), Rodrigues Mingas, por atos terroristas e assassinato no ataque contra o ônibus da seleção togolesa. Mingas assumiu a autoria do ataque.

O processo foi aberto no dia 29 de janeiro por causa do atentado contra o ônibus da delegação de Togo, metralhado no dia 8 de janeiro, em Angola, pouco antes do começo da Copa Africana de Nações.

O atentado matou o assessor de imprensa Dodji Komi Ocloo Azanledji e o auxiliar técnico Amélété Abalo. O motorista do ônibus, de nacionalidade angolana, também morreu no ataque.

A denúncia foi feita nos tribunais franceses porque o líder do grupo terrorista mora no país e tem nacionalidade francesa.
Familiares das vítimas fatais do ataque também irão depor, informaram fontes judiciais nesta quinta-feira.

Os depoimentos se somarão ao processo aberto pela promotoria de Paris, que investiga as declarações feitas pelo líder do grupo como apologia ao terrorismo.

Rodrigues Mingas assumiu a autoria do atentado contra soldados que faziam a escolta do ônibus. “Em tempos de guerra, todos os ataques são permitidos”, disse em entrevista, prometendo novos atentados.

O presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), Issa Hayatou, também foi processado. No dia seguinte à denúncia, ele anunciou a suspensão de Togo das duas próximas edições da Copa Africana de Nações por causa das interferências governamentais que envolveram a retirada do país da competição. "Os jogadores disseram que ficariam. Mas houve uma interferência política e não podemos aceitar isso”, disse.

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