Goleiro de Togo é transferido para hospital na África do Sul após ser ferido durante atentado em Angola
O goleiro togolês Kodjovi Obilalé, ferido por tiro em atentado terrorista na Angola, às vésperas da Copa das Nações Africanas, recebeu alta do hospital Milpark, em Joanesburgo na África do Sul, onde estava internado, mas está impedido de deixar o país, pois precisa pagar o custo da viagem de retorno.
A promessa era de que a Angola, anfitriã do torneio de futebol, arcaria com todas as despesas, declarou Phillippe Le Mestre, presidente do Pontivy, clube da 4ª divisão da França que detém o vínculo do goleiro.
O custo da viagem é de 65 mil euros, acredita o dirigente. A Federação Francesa de Futebol foi consultada e sinalizou a possibilidade de bancar o retorno do goleiro à França.
“O jogador recebeu alta dos médicos na quarta-feira, mas o avião está bloqueado. Também falta a assinatura de um responsável para que o SOS Internacional possa organizar sua repatriação”, disse Le Mestre.
Durante o tratamento médico na África do Sul, Obilalé contou com a companhia da namorada e da irmã. Isso foi possível graças à ajuda do atacante Emmanuel Adebayor, do Manchester City, que custeou a viagem e estada das duas na África.
Submetido a cirurgia, Obilalé foi atingido por dois tiros, ferindo o estômago, abdômen e nas costas. Parte dos fragmentos de uma das balas foi retirada do estômago. Não há previsão de retorno ao futebol.
O ônibus que transportava a seleção de Togo foi metralhado por rebeldes separatistas do FLEC (Frente de Libertação do Estado de Cabinda). Após o atentado, Togo anunciou que não participaria da Copa Africana de Nações. O motorista do veículo, o assistente técnico e o assessor de imprensa faleceram.
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