Orlando Silva, ministro dos Esportes, mostrou-se preocupado com a demora de Estados, municípios e do próprio Governo federal no cronograma das obras para a Copa do Mundo-2014. Em Curitiba, onde participa da primeira audiência pública sobre as modificações da Lei Pelé, ele comentou sobre o assunto nesta segunda-feira.
“Há temas como aeroportos, por exemplo, que competem exclusivamente ao governo federal, tais como garantir investimentos, obras e serviços adequados para que a Copa funcione adequadamente. O alerta que faço é no sentido de acelerar obras e cumprir os prazos determinados. Minha preocupação é que o não cumprimento desses cronogramas possa repercutir nos gastos públicos”, disse Silva, em entrevista publicada pela Agência Brasil.
Na audiência, promovida pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Silva discutiu sobre a principal mudança proposta para a Lei Pelé: a valorização dos clubes formadores de atletas.
“A lei foi importante porque deu liberdade para os atletas profissionais exercerem suas atividades, mas da forma que está não garante a um clube que, por exemplo, investir na preparação de um jovem de 14 anos, tenha a remuneração adequada. A lei também reconhece características peculiares às atividades do futebol, que exigem flexibilidade em alguns temas da legislação, e procura endurecer em relação à gestão temerária no futebol”, analisou.
Silva também cobrou uma maior transparência, com a divulgação de balancetes e punições a dirigentes que causarem prejuízos aos clubes.
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