UOL Esporte Futebol
 
18/05/2010 - 19h38

Antônio Carlos sai em defesa de Robert e não entende motivo da demissão

Renan Prates
Em São Paulo

O técnico Antônio Carlos não poupou críticas aos dirigentes do Palmeiras Seraphim Del Grande e Sergio do Prado após a demissão, e disse não entender ainda o motivo da sua saída. Apesar de ter sido dispensado por uma briga com Robert, o treinador saiu em defesa do jogador.

“Espero que a culpa não recaia só sobre as costas do Robert. Porque ele se comportou muito bem até aquele momento, de uma forma profissional”, defendeu em entrevista à Rádio Globo.

A versão sobre a demissão do ex-treinador do Palmeiras é contada de duas formas: Antônio Carlos diz que foi demitido, enquanto o vice-presidente de futebol Gilberto Cipullo declarou que a saída foi em comum acordo.

“Queria saber a causa da minha demissão. Por que eu fui demitido? Por que eu chamei a atenção dos jogadores?”, questionou o treinador. Apesar de declarar isso, a assessoria de Antônio Carlos divulgou um release dizendo que foi o treinador que pediu demissão.

“Foi um fato bastante sério que poderia ter consequências futuras, e ter um reflexo no trabalho. Foi uma decisão de comum acordo que seria melhor afastamento dele”, rebateu Cipullo.

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O momento da demissão também tem duas versões diferentes. Enquanto Antônio Carlos disse que foi comunicado pelo seu empresário Carlos Leite na noite da última segunda, Cipullo declarou que vinha pensando nisso desde o início do dia.

O estopim para a saída do técnico Antônio Carlos do Palmeiras foi a discussão acalorada que teve com Robert no ônibus que levava os jogadores para o aeroporto Santos Dumont. O motivo foi porque ele e mais alguns atletas voltaram para a concentração depois do horário estabelecido.

Segundo apurou o UOL Esporte, Robert e Ewerthon teriam voltado da folga recebida na presença de mulheres. Cipullo apenas reconheceu que a dupla retornou além do horário estabelecido, mas disse não saber se estavam acompanhados de duas moças.

“Essa hipótese é extremamente grave, mas a gente não pode fazer acusação nem punir ninguém se não há uma comprovação efetiva. Os jogadores negam o fato. Na dúvida, acreditamos no jogador. Vamos fazer investigação, e se for comprovado, aí sim aplicaremos uma punição devida. Será uma falta grave”, afirmou o dirigente, argumentando que Ewerthon recebeu apenas uma multa.

Mas Antônio Carlos não concordou com esta versão e disparou contra Seraphim Del Grande, que foi o chefe da delegação na ocasião. Segundo o ex-treinador palmeirense, o diretor de futebol sabe quem transgrediu a regra imposta, pois presenciou o fato. Alguns jogadores inclusive já teriam feito a mesma coisa quando o Palmeiras enfrentou o Atlético-PR em Curitiba pela Copa do Brasil.

“O Sr. Seraphim sabe quais foram os jogadores porque ele saiu mais cedo para voltar para São Paulo e presenciou o fato na hora que aconteceu. Eu apenas soube disso depois que acordei.”

Antônio Carlos também manifestou seu desagrado pelo gerente administrativo Sergio do Prado. Segundo o treinador, ele não está preparado para as funções que ocupa. “Não sei se ele exerce a função que lhe deram a mais (de gerente de futebol) da melhor maneira. Mas estão procurando outra pessoa para esta função extra.”

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