Presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, garante que negociação de Luisão foi "absolutamente legal"
Por meio de nota oficial, assinada pelo presidente Zezé Perrella, o Cruzeiro garante que a negociação envolvendo o zagueiro Luisão para o Benfica, de Portugal, em agosto de 2003, foi feita de forma totalmente legal. A explicação foi dada em função da publicação, nesta quinta-feira, pelo jornal Estado de Minas de notícia sobre indiciamento por “crime contra o sistema financeira nacional” contra Zezé Perrella e o seu irmão, Alvimar de Oliveira Costa, ex-presidente do clube, pela Polícia Federal.
De acordo com o periódico mineiro, os dois dirigentes são acusados de “lavagem de dinheiro e evasão de divisas” na venda de Luisão, na qual teria sido utilizado o Central Espanhol Futebol Clube, do Uruguai, que três dias depois do anúncio da contratação do atleta por US$ 2,5 milhões, o teria vendido ao Benfica, de Portugal, por US$ 1.597.791,61, pouco menos de US$ 1 milhão a menos do que o anunciado.
Por meio da nota oficial, Zezé Perrella diz que, de acordo com o que foi divulgado à época do negócio, 100% dos direitos esportivos de Luisão foram adquiridos pelo empresário uruguaio Juan Figger por US$ 2,5 milhões (dois milhões e meio de dólares), através do Central Espanhol Futebol Clube, do Uruguai.
O dirigente diz que tem a documentação que comprova ser a transação “absolutamente normal”. “É sabido por todo mundo no futebol que nos acordos comerciais os investidores necessitam de clubes para federar seus atletas”, observou o dirigente, por intermédio da nota, publicada pelo site do clube celeste e enviada por e-mail pela assessoria de comunicação cruzeirense.
“Posteriormente, o Central Espanhol, dentro da lei e através do empresário Juan Figger, negociou apenas 50% dos direitos de Luisão ao Benfica, por US$ 1,597 milhão (um milhão, quinhentos e noventa e sete mil dólares), continuando detentor dos outros 50%, em uma transação rotineira e comum no futebol”, destacou.
Na matéria publicada pelo Estado de Minas, há a informação da instauração de um outro inquérito pela Polícia Federal para apurar as condições da venda do volante Ramires ao Benfica, ano passado.
O presidente do Cruzeiro se posicionou também sobre a negociação do jogador, que a exemplo de Luisão, é um dos convocados por Dunga parta a seleção brasileira. “Sobre a venda do volante Ramires ao Benfica, o Cruzeiro Esporte Clube informa que a negociação e a transferência desse jogador foram feitas diretamente com o clube português, conforme noticiado na época”, revelou.
“A diretoria do Cruzeiro Esporte Clube esclarece ainda que, apesar das autoridades policiais terem investigado cerca de 140 contratos de negociações envolvendo o clube nos últimos dez anos, não encontraram nenhuma irregularidade. Mesmo assim, pediu a quebra dos sigilos fiscais e bancários de diretores e do clube, sem também encontrar nada de anormal, o que demonstra a transparência de nossas administrações”, afirmou.
A nota oficial termina manifestando que a diretoria do Cruzeiro “estranha” que a investigação tenha se baseado em “achismos” e “denúncias anônimas”. “A presidência garante que está tranquila com relação aos absurdos dos fatos noticiados, sem que exista nada a temer, assim como lamenta que as autoridades policiais não tenham tido o cuidado de nos ouvir, o que levaria todos esses fatos a serem esclarecidos”, concluiu o texto assinado por José Perrella de Oliveira Costa, o Zezé Perrella.
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