14/06/2010 - 18h56

Em sua apresentação, Fábio Costa se desculpa por briga em 1999

Bernardo Lacerda

Em Vespasiano (MG)

Fábio Costa já treinou no Atlético-MG, após ser oficialmente apresentado pelo clube

Em sua apresentação como novo goleiro do Atlético-MG, nesta segunda-feira, na Cidade do Galo, o experiente Fábio Costa recordou um episódio do passado para aparar eventuais arestas e poder iniciar sua trajetória no clube alvinegro mineiro. Ele pediu desculpas à torcida atleticana pela confusão em que se envolveu no Brasileiro de 1999.

Naquela ocasião, Fábio Costa defendia o Vitória, e, em uma partida disputada no Independência, em Belo Horizonte, ele foi pivô de uma briga generalizada, que acabou ultrapassando os limites do campo e atingiu as arquibancadas do estádio. Houve confronto entre a Polícia Militar e torcedores atleticanos, que denunciaram à ocasião o abuso da Corporação militar.

“Foi uma coisa impensada que fiz, por causa da imaturidade, pela baixa idade, tinha 21, 22 anos. Hoje, eu faria algo bem diferente, estou mais maduro, experiente. Aproveito para que se algum torcedor se sentiu ofendido, prejudicado pelo que aconteceu, peço desculpa”, comentou Fábio Costa. “Hoje, estou no Atlético, vou defender o clube dentro e fora de campo”, complementou.

Segundo goleiro contratado este ano, em um pequeno intervalo de tempo, Fábio Costa é mais uma tentativa de resolver uma situação que já vem se arrastando desde 2007, quando Diego Alves se transferiu para o Almería, da Espanha. Desde então, vários goleiros se revezaram na posição, sem conseguir se firmar. Em cerca de um ano, o ex-santista é a quarta contratação para a camisa 1.

Apesar desses números, Fábio Costa minimizou essa situação. “Estou chegando em um grande clube com um grupo de qualidade. Não vejo isso de crise de goleiros. Os que estão aqui tem qualidade e, por isso, foram contratados, pois mostraram isso. É normal você não ir bem em um clube e em outro voltar a mostrar o seu futebol”, destacou.

O novo goleiro atleticano encarou a sua contratação pelo clube mineiro como um “recomeço” em sua carreira. “Não vinha jogando no Santos, mas vinha treinando muito bem. Não vinha jogando por opção do treinador e da diretoria, mas estou muito bem”, enfatizou o jogador, que assinou contrato até 31 de dezembro de 2011.

Fábio Costa se disse grato ao técnico Vanderlei Luxemburgo e ao presidente Alexandre Kalil. “Gostaria de agradecer ao presidente, apesar da minha história no futebol eu vinha há um ano sem jogar e ele confiou na minha contratação e também ao torcedor, pelo carinho que recebi desde quando cheguei aqui”, salientou o goleiro.