21/07/2010 - 13h49

Benzema nega envolvimento com prostituta em escândalo sexual

Das agências internacionais

Em Paris (França)

Advogado de Benzema criticou exposição de seu cliente por suposto envolvimento em escândalo

Karim Benzema negou as acusações sobre seu envolvimento no “caso Zahia”. Por meio de seu advogado, o atacante do Real Madrid e da seleção francesa disse não ter contratado os serviços da prostituta quando ela era menor de idade.

“Benzema rechaça formalmente as acusações feitas. Ele não teve relações sexuais com ela. Não há motivos para que a palavra do jogador seja menos importante do que a de Zahia”, afirmou Sylvain Cormier, advogado do atacante.

Em entrevista à agência de notícias AFP, Cornier criticou a exposição negativa de seu cliente com o caso. “Esta acusação é chocante em um meio midiático, com consequências incalculáveis”, comentou.

O advogado de Benzema reclamou da legislação do país. “Não se sabe o que acontecerá, mas são pedidas punições antes que o processo seja encerrado. Não se pode satisfazer esta situação em um estado democrático. Nosso código penal mostra estar obsoleto e é contrário às convenções internacionais firmadas pela França”, completou.

Jorge Valdano, diretor geral do Real Madrid, disse nesta quarta-feira que o clube confia na inocência de Benzema. O dirigente afirmou que o clube espanhol apoiará seu atleta “até as últimas consequências.”

Na terça-feira, de acordo com decisão expedida pelo Palácio de Justiça de Paris, Benzema e Franck Ribéry responderão em liberdade. Os jogadores são acusados de contratar os serviços de uma prostituta quando ela era menor de idade.

A polêmica começou quando autoridades francesas fecharam uma boate em Paris, como parte de uma investigação sobre a prostituição de menores. Zahia, uma das prostitutas que estavam no local, revelou que alguns jogadores eram seus clientes. Benzema teria se relacionado com Zahia em 2008; no ano seguinte, ela esteve com Ribéry.

De acordo com a legislação francesa, quem mantém relações sexuais com uma prostituta menor de 18 anos, sabendo da idade dela, pode ser condenado a três anos de prisão, além de pagar uma multa de 45 mil euros.