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AFP

Raymond Domenech e Nicolas Anelka tiveram problemas durante a Copa-2010

18/08/2010 - 06h37

Anelka ironiza e diz "morrer de rir" com suspensão na seleção francesa

Das agências internacionais
Em Paris (França)

Nicolas Anelka não perdeu tempo e comentou sobre sua suspensão de 18 partidas da seleção francesa. O atacante do Chelsea ironizou a decisão da Federação Francesa de Futebol (FFF) e afirmou que está “morrendo de rir”.

Em uma entrevista no jornal France Soir, publicada nesta quarta-feira, o jogador classificou a decisão como uma tentativa para as “máscaras não caírem”. Anelka também atacou os dirigentes diretamente. “Eles são verdadeiros palhaços. Estou morrendo de rir”, comentou.

A proibição de entrar em campo com a camisa francesa por 18 jogos pode significar o fim da carreira internacional do atacante. Anelka só deverá voltar a defender seu país após cerca de dois anos. Com isso, o jogador do Chelsea teria 33 anos e poucas chances de ser lembrado novamente.

“Quem disse que eu queria jogar novamente como Bleus?”, questionou. O jogador destacou ainda que a seleção francesa, após a Copa do Mundo da África do Sul, é só história.

Anelka foi um dos protagonistas do fiasco francês no Mundial. O atacante foi dispensado após uma ríspida discussão com o então treinador Raymond Domenech no intervalo da partida entre França e México.

Em reunião na sede da entidade, nesta terça-feira, a comissão de disciplina da FFF ouviu alguns dos envolvidos nos episódios ocorridos na África do Sul. Anelka e Franck Ribéry não compareceram à audiência. Já Patrice Evra, Jérémy Toulalan e Éric Abidal foram ao local para dar suas versões sobre o caso.

Raymond Domenech (ex-técnico da seleção), Alain Boghossian (ex-assistente de Domenech) e Jean-Pierre Escalettes (ex-presidente da FFF) também estiveram na Federação. Evra, capitão da seleção e “coordenador” da greve, foi suspenso por cinco jogos. Franck Ribéry, que teria participado de um “boicote” ao meia Yoann Gourcuff, pegou um gancho de três partidas.

“Isto [suspensão] é uma grande decepção para mim”, disse Ribéry, que comentou não entender o que se passa na seleção francesa. “Todos somos responsáveis pelo que aconteceu na Copa do Mundo. Não entendo porque só cinco jogadores foram citados em Paris”, completou.

Jérémy Toulalan, cujo assessor de imprensa enviou comunicado que anunciava a greve, foi punido com um jogo. Já Eric Abidal, que teria se recusado a jogar contra a África do Sul, escapou e não foi sancionado.

O jornal L’Équipe estampou em sua manchete os termos que o atleta teria usado para xingar o técnico: “Vá tomar no..., sujo filho da p...”. Anelka negou o teor das ofensas a Domenech e entrou com um processo contra a publicação.

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