23/08/2010 - 17h55

Fabiano Eller diz que não deixaria o Inter se fosse titular

Daniel Cassol

Em Porto Alegre

Aos 33 anos, Eller lamentou a saída e prometeu retornar a um grande clube do futebol brasileiro

O zagueiro Fabiano Eller viaja nesta quarta-feira para o Qatar, onde atuará no Al-Ahli. Na despedida do Inter, o jogador de 33 anos prometeu ficar na torcida pelos colorados no Mundial Interclubes e lamentou deixar o Beira-Rio. “Se eu fosse titular, não sairia”, declarou, revelando ainda que a direção do Inter não o procurou para renovar o contrato.

“Eu mesmo falei que havia essa proposta e que seria muito importante sair do clube, já que tudo se encaminhava para uma não-renovação. Mas eu sei que hoje se eu fosse titular do clube haveria uma renovação e eu ficaria muito feliz em permanecer no clube”, disse Fabiano Eller nesta segunda, no Beira-Rio.

O jogador se despediu dos colegas e funcionários do Inter e embarca nesta quarta, com contrato de um ano com o clube do Qatar. Aos 33 anos, Eller disse que precisa jogar para manter o preparo físico e ainda espera voltar a um grande clube do futebol brasileiro. “Saio triste por não poder ter mostrado meu potencial, porque sei do meu futebol. Hoje, no Inter, dos 11 titulares poucos receberão propostas. Mas eu me considero privilegiado por estar sendo recebendo propostas”, completou.

Segundo o jogador, que tinha contrato até o final do ano com o Inter, a proposta do Al-Ahli veio antes da final da Libertadores, mas a saída foi acertada neste sábado, já que ele não vislumbrava uma possibilidade de renovação com o clube gaúcho. Mesmo assim, Fabiano Eller prometeu estar em Abu Dhabi para torcer pelo Inter no Mundial Interclubes em dezembro.

“Tentarei estar no Mundial, torcendo. Tenho certeza que este time tem condições de disputar títulos, principalmente o Mundial”, afirmou o zagueiro.

Campeão da Libertadores em 2006 e 2010, e ainda do Mundial Interclubes há quatro anos, Fabiano Eller acredita que o Inter será mais respeitado e também chegará à competição em dezembro com mais responsabilidade. “Em 2006, a maioria era totalmente desconhecido. Hoje a situação é diferente. A expectativa sobre o Inter é diferente, apesar de poder enfrentar uma equipe como a Inter de Milão, mas o Internacional chega com outra bagagem. A cobrança será diferente”, destacou.