UOL Esporte Futebol
 
27/08/2010 - 07h02

Palmeiras bate cabeça com prefeitura, mas promete obras da Arena em setembro

Luiza Oliveira e Rodrigo Farah
Em São Paulo

Muitas promessas, expectativas e até mesmo uma despedida de gala. Tudo isso para homenagear a tão esperada Arena Palestra Itália. Mas até agora nada de obras no local. A diretoria do Palmeiras ainda tenta resolver uma série de pendências com a prefeitura de São Paulo para tirar o estádio do papel. Apesar disso, mostra confiança e promete: as construções começarão até o fim de setembro.

ANTES E DEPOIS DO PALESTRA ITÁLIA

  • Divulgação/Palmeiras

    Projeto mostra a moderna Arena Palestra Itália. Diretoria garante que obras começam em setembro

  • Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem

    Visão aérea do Palestra antes da reforma. Estádio não recebe jogos, mesmo sem início das obras

A última previsão dava conta que as obras iniciariam em julho. Tanto que o clube promoveu um amistoso de despedida contra o Boca Juniors no início do mês passado para selar o adeus ao estádio. Mas novas ações da prefeitura voltaram a adiar a construção.

Na última semana, o Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades) reprovou oficialmente o Relatório de Impacto de Vizinhança (RIVI) elaborado pelo Palmeiras e pela construtora WTorre. O órgão da prefeitura de São Paulo considerou o documento incompleto. Com isso, impediu a liberação do alvará para a construção da Arena e pediu mais informações para poder avaliar.

“A WTorre retirou ontem (24/08/10) o pedido de complementação do estudo. Quando aprovado pelo CADES, o interessado deverá encaminhar este documento a Secretaria de Habitação para emissão do alvará.”, dizia o documento da prefeitura.

Entre as exigências do órgão estão pedidos como levantamento do impacto acústico em dias de shows e jogos, número de torcedores que o estádio receberá por ano e novas rotas para os caminhões durante as obras.

Enquanto isso, o Palmeiras se defende e ressalta que muitas das exigências do Conselho são absurdas. Segundo o diretor de planejamento, José Cyrillo Júnior, o Cades exagerou no requerimento, o que voltou a adiar a construção da Arena.

“Eles fizeram alguns pedidos fora da realidade, coisas que eu nunca vi em 43 anos trabalhando com obras. Se soubéssemos, por exemplo, quantos torcedores vamos receber em um ano, já poderíamos fazer outros inúmeros tipos de planejamento”, afirmou o engenheiro Cyrillo.

O Conselho do Meio Ambiente deu ao Palmeiras 30 dias para mandar um novo relatório com as devidas especificações. De acordo com o diretor de planejamento, o clube enviará o documento completo em, no máximo, dez dias para iniciar a construção da Arena até o fim do mês que vem.

“Estamos conversando com eles para entender exatamente o que eles querem. Isso não impedirá o início das obras. Assim que resolvermos essa pendência, podemos começar. Nossa expectativa é que a construção comece na segunda quinzena de setembro”, completou, mencionando obras estruturais na base do Palestra Itália.

Apesar disso, parte do Conselho Deliberativo do Palmeiras segue descrente em relação à construção da Arena. Alguns membros da oposição, inclusive, trabalham com a hipótese do cancelamento das obras caso o atraso perdure até janeiro do ano que vem, data da eleição para a presidência do clube.

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