05/09/2010 - 07h01

Eduardo virou Tostão no Mineirão e Dario lembra feitos históricos

Guyane Araújo

Em Belo Horizonte

Ex-craque Tostão, que comentou a Copa da África, lembra de seus bons momentos no Mineirão

O ex-craque do Cruzeiro, Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão, tricampeão mundial pela seleção brasileira, compara a coincidência do início da sua carreira com a inauguração do Mineirão. “Em 1965, tinha 18 anos, quando participei do primeiro jogo no Mineirão, pela seleção mineira. Quando fui chamado para treinar 15 dias antes da partida era reserva e durante os treinos virei titular. Para mim foi uma glória”, lembra.

Destaque de um time formado por outros grandes jogadores como Dirceu Lopes, Piazza, Evaldo, Raul, Natal e Zé Carlos, entre outros, Tostão ressalta a importância do ‘Gigante da Pampulha’ na evolução da equipe do Cruzeiro, campeã da Taça Brasil de 1966, numa final histórica contra o Santos, de Pelé, quando o time mineiro venceu por 6 a 2, em Belo Horizonte, e 3 a 2, em São Paulo.

Para Tostão, o primeiro jogo daquela decisão é um dos seus momentos inesquecíveis vividos no Mineirão. “O primeiro jogo foi aqui e o Cruzeiro venceu do Santos por 6 a 2. E o Santos contava com o Pelé que estava no auge. Muita gente fala que foi o maior jogo”, conta. Na segunda partida, o Cruzeiro também ganhou e conquistou o título nacional. Tostão fala que ele, Dirceu Lopes, Piaza passaram a ser jogadores de primeiro nível com prestigio nacional. Ele não se esquece também da conquista do pentacampeonato mineiro.

Dario José dos Santos, mais conhecido como Dadá Maravilha ou Dario o Peito de Aço, ídolo do Atlético-MG, lembra da época em que atuava no Mineirão, que era o segundo maior estádio do Brasil. “Nós privilegiávamos mais a técnica e a tática. Hoje, é mais físico e força e quem perde é o torcedor”, lamentou. Ele também disse que a reforma é para a população desfrutar de uma arena multiuso e com o gramado rebaixado, o estádio vai ficar melhor.

Dario considera marcante os 37 gols assinalados no Mineirão em 1969. “Teve um tempo que o Atlético ficou sem ganhar do Cruzeiro em alguns jogos e em uma partida, eu fiz os dois gols e ganhamos de virada”, lembrou. Outro fato marcante para o ex-jogador foi quando tinha 37 anos ele estava sendo bastante criticado e prometeu a torcida que iria entrar em campo e fazer dois gols. O time era o Santa Cruz, mas o adversário era o Cruzeiro, e Dadá cumpriu o prometido dentro do Mineirão. “Isso me marcou muito”.