UOL Esporte Futebol
 
18/11/2010 - 07h00

Qatar tenta dar 'jeitinho', mas falha em organização de amistoso pró-2022

Alexandre Sinato
Em Doha (Qatar)
  • Entre outras falhas de organização e segurança, um torcedor invadiu o gramado do Khalifa Stadium durante o amistoso entre Brasil e Argentina

    Entre outras falhas de organização e segurança, um torcedor invadiu o gramado do Khalifa Stadium durante o amistoso entre Brasil e Argentina

O Qatar fez de tudo antes, durante e depois do amistoso entre Brasil e Argentina para deixar uma boa imagem do país às vésperas do anúncio de qual será a sede da Copa do Mundo de 2022. Mas falhou. Apesar do esforço para amenizar os erros, falhas de organização e estrutura atrapalharam o cenário montado pelos árabes.

O ponto fraco mais sentido pelos torcedores foi o trânsito. Os acessos ao Khalifa International Stadium, palco mais sofisticado da cidade, ficaram engarrafados a pouco mais de uma hora do início da partida, marcada para as 20h locais.

Mas a desorganização ficou mais evidente para quem trabalhou no jogo. A falta de informação foi completa. Orientadores, policiais e seguranças não sabiam indicar entradas corretas, direcionar os profissionais para os portões corretos. A tática foi empurrar as dúvidas para outro funcionário.

Depois da vitória da Argentina por 1 a 0, os problemas ficaram mais nítidos. Torcedores tiveram acesso às áreas de entrevistas com os jogadores, chamadas de zona mista. No espaço já concorrido entre jornalistas, curiosos tumultuaram o ambiente em busca de fotos e autógrafos.

O auge foi quando Ronaldinho e Messi se aproximaram. Empurra-empurra e pequenas discussões. E tudo no estádio que, na teoria, é o mais bem preparado entre as arenas do Qatar atualmente.

No acesso para o local das entrevistas coletivas onde os técnicos Mano Menezes e Sergio Batista falaram com a imprensa, parte dos organizadores impediu o acesso. Seus superiores, no entanto, percebendo a irritação de jornalistas estrangeiros, garantiram a entrada. Tudo para evitar críticas à organização.

Também ficou claro no amistoso o alto investimento feito pelos dirigentes locais para que a imagem fosse a mais profissional e positiva possível. Mas os organizadores da parte esportiva ainda sofrem com a falta de experiência em eventos de maior proporção. Pior para a imagem do Qatar, que no dia 2 de dezembro descobrirá se será ou não sede da Copa de 2022.

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