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Belluzzo volta a comandar o Palmeiras com muitas turbulências nos bastidores

26/11/2010 - 07h00

Belluzzo volta à presidência do Palmeiras com missão pacifista antes da eleição

Rodrigo Farah
Em São Paulo

Acabou o período de afastamento de Luiz Gonzaga Belluzzo da presidência do Palmeiras. Passados dois meses de sua cirurgia cardíaca, o economista volta a comandar o clube alviverde nesta sexta-feira com a missão de acabar com as turbulências nos bastidores e unir os integrantes da situação alviverde antes das eleições de janeiro do ano que vem.

RACHA NA SITUAÇÃO DO PALMEIRAS

  • Folha Imagem

    Alvo de críticas, interino Salvador Hugo Palaia não abre mão da candidatura à presidência do clube

  • Divulgação

    Empresário e piloto de rali, Paulo Nobre aparece como outro candidato da situação do Palmeiras

O cenário encontrado pelo mandatário não poderia ser pior. Não bastasse a eliminação na Copa Sul-Americana, o quadro político alviverde vive dias de muita agitação e opiniões divididas.

Atualmente, os conselheiros da situação estão completamente desunidos: uma parte apoia Salvador Hugo Palaia como candidato à presidência, enquanto outra parte defende Paulo Nobre como representante para a eleição.

“A situação está bem dividida. Hoje temos dois candidatos que se acham no direito de concorrer. O Belluzzo vai tentar assumir essa condição conciliadora para nos unirmos”, ressaltou o diretor de futebol Wlademir Pescarmona.

O problema ganhou maior repercussão quando Palaia trocou todo o departamento de futebol logo ao assumir a presidência interina do Palmeiras no lugar de Belluzzo. Ele afastou o vice-presidente Gilberto Cipullo e aumentou o número de desafetos dentro da situação.

Enquanto isso, a oposição do Palmeiras segue forte antes das eleições. Apoiado pelos ex-presidentes Mustafá Contursi, Affonso Della Monica e Carlos Facchina, o grupo já escolheu Arnaldo Tirone Jr. como candidato às eleições e Roberto Frizzo como primeiro vice.

Cientes do “racha” no grupo rival, os opositores mantêm grande animação. Em contato com a reportagem do UOL Esporte, alguns conselheiros mostraram certeza de que levarão a melhor na disputa caso a situação não una suas forças.

A ideia também é compartilhada pelos próprios membros do grupo de Belluzzo, que apontam grande vantagem para a oposição no momento.

“Não acho que o Belluzzo vai ter condições de contornar essa situação. E se continuar assim, a tendência é a oposição ganhar”, afirmou em tom de desânimo Seraphim Del Grande, membro do Conselho de Orientação Fiscal e cabo eleitoral de Paulo Nobre.

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Em meio à indefinição, Palaia já chegou a manifestar publicamente que nada o fará desistir de concorrer ao cargo. O único fato que poderia fazer o dirigente mudar de ideia seria uma nova candidatura de Belluzzo, o que não está descartado.

Antes mesmo de retornar à presidência oficialmente, o economista tem trabalhado nos bastidores para amenizar as brigas dentro da situação. Belluzzo sempre manteve a postura de que não iria concorrer ao cargo novamente, mas já cogita voltar atrás na decisão.

Outro desafio de Belluzzo será dar sequência às obras da Arena Palestra Itália. A WTorre teve que adiar novamente a implosão de parte da arquibancada para dezembro devido a pendências na nova apólice de seguros oficializada pela construtora. A análise deve continuar durante as próximas semanas.

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