Patric é nova aposta para resolver problema da lateral direita do Atlético
Do UOL Esporte
Em Belo Horizonte
16/12/2010 07h03
A contratação do lateral-direito Patric, que disputou o último Campeonato Brasileiro pelo Avaí, é mais uma tentativa da diretoria do Atlético-MG, respaldada pela comissão técnica, para solucionar um crônico problema. Desde 2007, quando Coelho foi titular em praticamente toda a temporada, um jogador não consegue se firmar nessa posição no time atleticano.
COMPARAÇÃO LATERAIS-DIREITOS ATLÉTICO E AVAÍ
8 | Assistências | 9 |
---|---|---|
527 | Bolas recebidas | 892 |
2 | Bolas recuperadas | 4 |
45 | Bolas perdidas | 161 |
103 | Cruzamentos | 104 |
24 | Cruzamentos certos | 23 |
79 | Cruzamentos errados | 81 |
2 | Finalizações certas | 15 |
2 | Finalizações erradas | 23 |
1 | Gols | 1 |
1.292 | Tempo jogado | 2.951 |
Na temporada 2010, o Atlético-MG, então sob comando de Vanderlei Luxemburgo, contratou dois jogadores, Diego Macedo e Rafael Cruz, que estavam no Bragantino e Atlético-GO, respectivamente, depois que o volante Carlos Alberto e Coelho, que ocuparam a lateral direita no Campeonato Mineiro, não tiveram os contratos renovados.
Rafael Cruz, de 25 anos, que foi o jogador mais utilizado na lateral direita após a chegada do técnico Dorival Júnior, fez 19 jogos pelo Atlético-MG, em 2010, e marcou apenas um gol. Já Diego Macedo, dois anos mais jovem e que estreou pelo time atleticano na derrota para o Vitória, por 4 a 3, em 26 de maio, fez 30 jogos pelo clube mineiro e não balançou as redes adversárias nenhuma vez.
Com Diego Macedo em campo, o Atlético-MG foi derrotado 17 vezes, obtendo sete vitórias e seis empates. Rafael Cruz, que ao contrário de seu concorrente, jogou mais com Dorival Júnior participou de oito vitórias atleticanas e de quatro empates, além de atuar em sete derrotas.
No ano passado, o Atlético-MG teve o volante Carlos Alberto, improvisado na lateral direita, como o jogador que mais vezes atuou pelo setor. Coelho e os jogadores revelados na base atleticana, Marcos Rocha e Sheslon, também foram testados, sem conseguirem se firmar.
Em 2008, o Atlético-MG começou com Coelho como titular. O jogador, que na temporada anterior atuou na maioria dos jogos, acabou deixando o clube. Mariano, campeão brasileiro pelo Fluminense neste ano, foi contratado, era o titular, mas se envolveu em uma atitude de indisciplina e foi dispensado pela diretoria. Sheslon terminou a temporada como titular e o veterano César Prates também chegou a jogar.
Ao contrário de 2007, quando Coelho foi titular o tempo quase todo, em 2006, ano em que o Atlético-MG foi campeão da Série B e assegurou o seu retorno à elite do futebol nacional, vários jogadores passaram pela lateral direita: Rodrigo Dias, Ari, Cláudio e Luisinho Netto, além dos volantes Márcio Araújo, que foi titular improvisado, e Tony, que também chegou a jogar pelo setor.
O curioso é que o Atlético-MG termina a década em busca de um lateral, sendo que, no início dos anos 2000, o time esteve bem servido na posição, com Mancini, que hoje virou meia-atacante e está no Milan, e com Cicinho, que não mudou de posição e defende a Roma.
Revelado pelo Atlético-MG, quando chegou em 1995 para a base, Mancini teve altos e baixos no time atleticano, mas viveu seu melhor momento em 2002, depois de empréstimos no ano anterior para Portuguesa e São Caetano. Já Cicinho, que chegou ao Atlético em 2001, sendo emprestado no mesmo ano ao Botafogo, se destacou no clube atleticano nas temporadas 2002 e 2003, ano em que teve uma saída conturbada, transferindo-se para o São Paulo.
Patric, de 21 anos, que teve 50% dos seus direitos econômicos adquiridos pelo Atlético-MG, chegou confiante e falando em disputar títulos pelo time alvinegro. “Sei que é um clube muito bem estruturado, que tem o melhor centro de treinamento do Brasil e oferece o melhor para o jogador, então, tenho certeza que vamos brigar por títulos”, destacou o reforço alvinegro.