Corinthians abre segunda fase dos treinos e reclama: "é o se vira nos 13 dias"

O famoso quadro “Se vira nos 30”, do Domingão do Faustão, virou o “Se vira nos 13” no Corinthians. Esse foi o termo utilizado pelo preparador físico Eduardo Silva para reclamar do curto período de treinos antes da estreia no Paulista, dia 16, contra a Portuguesa.

A apresentação ocorreu no dia 3, e durante a primeira semana de janeiro o elenco alvinegro se reuniu em Itu. O retorno à capital paulista aconteceu no último domingo. Agora começa a segunda fase dos treinamentos, no CT Joaquim Grava. No total, serão 13 dias de preparação, sendo que um deles foi de folga.

“Conversei com o Tite, e essa é a realidade. A gente brinca, o ‘se vira nos 30’ virou o ‘se vira nos 13’. Parece um tom de reclamação, mas é um fato com o qual temos que conviver. Não consigo pegar um atleta mal condicionado e em 13 dias deixá-lo bem condicionado”, apontou Eduardo Silva.

Normalmente os primeiros dias de pré-temporada são apenas de atividades físicas. A comissão técnica corintiana, porém, preferiu realizar exercícios com bola desde 4 de janeiro.

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“A opção de mesclar a parte física com o trabalho técnico é em função dos poucos dias e da necessidade tática do treinador. Não dá para colocar 70% para trabalhos físicos sendo que os atletas não se conhecem em campo. É preciso trabalhar a questão do conjunto. O que fica muito claro é que esse é um período inadequado para desenvolver a forma física dos atletas, algo muito preocupante para gente”, observou o membro da comissão técnica.

“Estamos fazendo trabalhos de força, técnico, de resistência, controlamos quilometragem, carga e ajustamos. O ideal seria ter no mínimo 30 dias e, dentro disso, colocaríamos jogos amistosos”, acrescentou Silva.

O Corinthians foi o único grande de São Paulo a conceder um descanso aos atletas na segunda-feira. Tite justificou: “Não acredito que fazer pré-temporada sem uma folga após mais de dez dias contribua. Há o desgaste, e todo mundo fica com vontade de ver a família, a namorada, os pais, os amigos... Os jogadores ficam sem saco para continuar. É humano dar essa folga.”